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Petrobras reduz preço da gasolina e do diesel pelo 2º dia consecutivo

Em dois dias, as quedas acumuladas chegam a 2,69% para a gasolina e a 2,67% para o diesel

Petrobras: estatal anunciou hoje (23), pelo segundo dia consecutivo, redução nos preços da gasolina e do diesel (Paulo Whitaker/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de maio de 2018 às 10h20.

Última atualização em 23 de maio de 2018 às 11h26.

São Paulo - A Petrobras anunciou nesta quarta-feira que reduzirá em 1,15 por cento o valor do diesel nas refinarias, para 2,3083 reais por litro, e diminuirá o preço da gasolina em 0,62 por cento, para 2,0306 reais/litro.

O reajuste dos preços, que valerá a partir de quinta-feira, ocorre após queda de mais de 1 por cento do dólar na véspera, o que é um fator baixista na decisão da estatal de diminuir as cotações.

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A redução nos preços dos combustíveis da estatal, a segunda queda nesta semana, ocorre em meio a protestos de caminhoneiros contra os custos do diesel.

Ao justificar a queda anunciada na véspera, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou a jornalistas que a redução era "simples" de entender, citando que o dólar teve uma redução importante.

Na terça-feira, os preços do petróleo Brent, outra variávelacompanhada pela estatal na definição das cotações, subiram 0,44 por cento, enquanto os contratos futuros do petróleo nos EUA tiveram leve baixa.

Os preços do petróleo estão perto dos maiores níveis desde 2014, em meio a tensões relacionadas a sanções dos Estados Unidos ao Irã.

Mas nesta quarta-feira caíam por especulações sobre um aumento da oferta da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) em junho, devido a preocupações com o fornecimento iraniano e venezuelano.

Os preços dos combustíveis nas refinarias da Petrobras registram alta de quase 50 por cento desde que a estatal iniciou sua política de reajustes praticamente diários, em meados do ano passado, com objetivo de recuperar mercado perdido para importadores.

Boa parte do percentual de alta nas refinarias foi repassado para os postos de combustíveis.

A Petrobras afirma que o repasse dos reajustes à bomba depende de distribuidores e revendedores, que afirmam também que boa parte dos custos com combustíveis se deve a tributos.

Aceno

Para tentar acabar com os protestos de caminhoneiros, que têm atrapalhado o transporte de mercadorias na maior parte do Brasil desde segunda-feira, o governo está acenando com redução de impostos nos derivados de petróleo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na noite de terça-feira que uma redução de PIS/Cofins para o óleo diesel até o fim do ano será incluída no texto do projeto de lei da reoneração da folha de pagamento, como forma de reduzir os preços.

A medida se soma ao anúncio feito pelo governo na terça-feira de que fechou um acordo com o Congresso para usar os recursos obtidos com a reoneração da folha de pagamento de alguns setores da economia para zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel.

Organizadores das manifestações devem se reunir com o governo nesta quarta-feira para discutir o assunto.

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