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Petrobras é a empresa que mais arremata áreas no leilão da ANP

Agência arrecada R$ 27,45 milhões em bônus de assinatura

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) conseguiu licitar 101 dos 908 blocos ofertados na 5ª Rodada de Licitações promovida desde esta terça-feira (19/6) pela agência. O total arrecadado chega a R$ 27,45 milhões em bônus de assinatura. Deste total, a Petrobras arrematou, sozinha, 85 blocos exploratórios, pagando R$ 21,9 milhões -80% do total arrecado pela ANP. A companhia arrematou mais três blocos em parceria com a portuguesa Partex (dois blocos) e com a dinamarquesa Maesrk Olie (um bloco).

Segundo o diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros, o modelo adotado a partir desta rodada foi "plenamente aprovado", e seu êxito pode ser comprovado pelas empresas montando suas próprias áreas. Foram arrematados 20 blocos em terra, 69 em águas rasas e 12 em águas profundas.

Com o resultado da rodada, estão previstos investimentos totais mínimos de R$ 363,5 milhões. Barros disse que, do ponto de vista do Programa Exploratório Mínimo, nos blocos em terra estão previstas 21.250 unidades de trabalho, com investimentos de R$ 64,6 milhões na fase exploratória. Nos blocos em águas rasas, serão 7.694 unidades de trabalho, com investimentos estimados de R$ 138,5 milhões; e em águas profundas, R$ 160,45 milhões também na fase exploratória.

Das nove bacias sedimentares ofertadas, oito tiveram ofertas, com destaque para as bacias de Campos (18 blocos concedidos, todos pela Petrobras), Santos (55 blocos e 3 empresas) e Foz do Amazonas (12 blocos concedidos). O diretor da ANP informou que a área concedida chegou a 21.951 quilômetros quadrados, aproximando-se dos 25 mil quilômetros licitados na quarta rodada de áreas.

Segundo dia de leilão

Nesta quarta-feira (20/8), o segundo dia de leilão, o setor da Bacia Terrestre do Potiguar 2 (SPOT-T-2) foi o mais disputado dos 20 ofertados. A Petrobras levou um bloco (POT-T-391); a Sinergy, outro bloco (POT-T-432); e a brasileira Aurizônia, dois blocos. Em um destes (POT-T-352), a empresa ofereceu um bônus de assinatura de R$ 2,1 milhão e derrotou a Petrobras, que concorreu oferecendo R$ 683 mil de bônus.

Mais 269 blocos foram ofertados no segundo dia da 5ª Rodada de Licitações, no Hotel Sheraton, no Rio de Janeiro. Na terça-feira (19/8), no primeiro dia do leilão, foram arrematados 83 dos 639 blocos, o que levou a agência a faturar R$ 22,789 milhões a título de Bônus de Assinatura.

A Petrobras levou 70 desses blocos, pelos quais pagou R$ 19,3 milhões. E mais três em parcerias: dois com a portuguesa Partex Oil e um com a dinamarquesa Maersk Olie, o que eleva para mais de R$ 20 milhões os investimentos envolvendo a estatal brasileira.

Ao comentar a "agressividade" da companhia, o gerente executivo de Exploração e Produção, Francisco Nepomuceno, garantiu que a estatal vai participar das licitações de quase todos os setores em oferta nesta rodada. "Nós devolvemos da chamada Rodada Zero (BID Zero) cerca de 75 mil quilômetros quadrados e devemos recompor nosso portfólio, pois precisamos de áreas para trabalhar. Estamos investindo muitos nessas novas descobertas, mas não vamos parar de avaliar nossas bacias. Vamos procurar novas premissas, novas áreas que nos levem a continuar descobrindo óleo", afirmou. E citou o bloco do Jequitinhonha, alvo do maior ágio do leilão (7.800%): "A certeza do potencial da área de águas profundas no Sul da Bahia nos levará a furar um poço no início do próximo anos", afirmou.

A secretária Nacional de Petróleo e Gás, do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Silva Costa, disse que a rodada correu dentro das previsões do governo e disse esperar que a 6ª Rodada, em 2004, atraia grandes empresas nas duas etapas, em abril e no final do ano.

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