Economia

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm alta menor que o esperado

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 28 mil, para 222 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 27 de novembro

 (Mike Blake/Reuters)

(Mike Blake/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 11h50.

Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 13h14.

O número de pessoas nos Estados Unidos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou menos do que o esperado na semana passada, apontando para aperto nas condições do mercado de trabalho, enquanto as demissões caíram para uma mínima em 28 anos e meio em novembro.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 28.000, para 222.000 em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 27 de novembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os registros, que caíram para 194.000 na semana anterior, tendem a ser voláteis em torno do Dia de Ação de Graças e o início da temporada de festas de fim de ano.

Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para a última semana. As solicitações caíram ante um recorde de 6,149 milhões registrado no início de abril de 2020.

Os dados da semana passada não terão influência no relatório de empregos do Departamento para novembro, que é acompanhado de perto e será divulgado na sexta-feira, uma vez que ficou fora do período de pesquisa do governo para a contagem da criação de vagas fora do setor agrícola e cálculo da taxa de desemprego. Os pedidos de auxílio-desemprego diminuíram entre meados de outubro e novembro.

De acordo com pesquisa da Reuters com economistas, foram criadas 550.000 vagas de trabalho fora do setor agrícola dos EUA em novembro, após alta de 531.000 em outubro. A previsão é de que a taxa de desemprego tenha recuado para 4,5%, de 4,6% em outubro.

Também sugerindo melhoria contínua no mercado de trabalho, o Relatório Nacional de Emprego da ADP de quarta-feira mostrou que foram criados 534.000 postos de trabalho no setor privado dos EUA no mês passado. Já uma medida do emprego na indústria atingiu o maior patamar em sete meses, segundo pesquisa do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês).

A série de boas notícias sobre o mercado de trabalho foi reforçada por um relatório separado divulgado nesta quinta-feira pela empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas, que mostrou que as demissões anunciadas por empregadores nos Estados Unidos caíram 34,8% em novembro, para 14.875, o menor patamar desde maio de 1993. Até o momento neste ano, houve 302.918 cortes de empregos, queda de 86% em relação ao mesmo período em 2020.

Mas a escassez de trabalhadores está impedindo um crescimento mais rápido do emprego. O Livro Bege do Federal Reserve, divulgado na quarta-feira, descreveu o crescimento do emprego variando em um ritmo "moderado a robusto" nos distritos do Fed durante outubro e início de novembro, com contatos empresariais ressaltando "dificuldade persistente em contratar e reter funcionários".

Ao final de setembro, havia 10,4 milhões de vagas de trabalho em aberto. A força de trabalho diminuiu em 3 milhões de pessoas em relação ao seu nível pré-pandemia, mesmo com o fim dos generosos benefícios financiados pelo governo americano, a reabertura de escolas para o aprendizado presencial e empresas aumentando os salários.

  • Juros, dólar, inflação, BC, Selic. Entenda todos os termos da economia e como eles afetam o seu bolso. Assine a EXAME 
Acompanhe tudo sobre:economia-internacionalEstados Unidos (EUA)Seguro-desemprego

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com equipe econômica para discutir bloqueios no Orçamento deste ano

CCJ do Senado adia votação da PEC da autonomia financeira do BC

Por que Países Baixos e Reino Unido devem perder milionários nos próximos anos?

STF prorroga até setembro prazo de suspensão da desoneração da folha

Mais na Exame