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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para mínima em 19 meses

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 6 mil, para 290 mil em dado ajustado sazonalmente

Placa em Nova York sinaliza feira de trabalho com oportunidades de emprego 03/09/2021 (Andrew Kelly/Reuters)
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Reuters

Publicado em 21 de outubro de 2021 às 10h50.

Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 10h58.

O número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para uma mínima em 19 meses na semana passada, apontando para um aperto no mercado de trabalho, embora a escassez de trabalhadores possa manter o ritmo de contratações moderado em outubro.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 6.000, para 290.000 em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 16 de outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Esse foi o patamar mais baixo desde meados de março de 2020, quando o país estava no estágio inicial da pandemia de covid-19, e também a segunda semana seguida em que os pedidos permaneceram abaixo de 300.000, à medida que empregadores seguravam os trabalhadores diante da aguda escassez de mão de obra.

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Economistas consultados pela Reuters projetavam 300.000 pedidos na semana passada. As solicitações caíram ante um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020. Uma faixa de 250.000 a 300.000 solicitações é considerada como consistente com condições saudáveis no mercado de trabalho.

A pandemia mudou a dinâmica do mercado de trabalho, levando a impressionantes 10,4 milhões de postos de trabalho em aberto no final de agosto, mesmo com cerca de 7,7 milhões de pessoas oficialmente desempregadas em setembro. Fatores como a falta de creches, generosos benefícios a desempregados financiados pelo governo federal, aposentadorias precoces e mudanças de carreira foram responsabilizados pela desconexão.

Embora as escolas tenham sido reabertas para o ensino presencial e o auxílio a desempregados tenha sido encerrado no início de setembro, não houve salto na força de trabalho no mês passado. Cerca de 183.000 pessoas a deixaram, levando a um declínio na taxa de participação na força de trabalho, ou a proporção de americanos em idade produtiva que têm ou estão procurando emprego.

"Continuamos céticos de que o fim dos benefícios estendidos a desempregados levará a um retorno substancial e rápido à força de trabalho no curto prazo", disse Veronica Clark, economista do Citigroup.

A criação de vagas fora do setor agrícola dos Estados Unidos foi de apenas 194.000 em setembro, o menor número em nove meses. O emprego está 5,0 milhões de postos de trabalho abaixo de seu pico de fevereiro de 2020.

A escassez de trabalhadores e de matérias-primas levaram economistas a antecipar desaceleração do crescimento do produto interno bruto (PIB) para uma taxa anualizada de 0,5% no terceiro trimestre, após acelerar a um ritmo de 6,7% nos três meses de abril a junho.

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