Paulo Octávio cancela coletiva e nega carta de renúncia
O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, não dará mais entrevista coletiva, disse a Assessoria de Imprensa do governo do Distrito Federal nesta quinta-feira (18). A assessoria negou também que o governador teria redigido uma carta de renúncia. Pouco antes, o assessor André Duda, da Comunicação Social do governo do DF, desceu […]
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2010 às 15h11.
O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, não dará mais entrevista coletiva, disse a Assessoria de Imprensa do governo do Distrito Federal nesta quinta-feira (18). A assessoria negou também que o governador teria redigido uma carta de renúncia.
Pouco antes, o assessor André Duda, da Comunicação Social do governo do DF, desceu até o salão do Palácio do Buriti, onde dezenas de jornalistas aguardavam o pronunciamento de Paulo Octávio, para anunciar que não haveria coletiva.
Até o final do dia, o governo do DF divulgará uma nota para relatar o teor da conversa do governador em exercício com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida hoje pela manhã, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Nesse encontro, segundo relato do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Paulo Octávio admitiu ao presidente que avalia a possibilidade de renunciar.
Na quarta (17), Lula evitou dar sinais de que trabalha pela sustentação política do governador interino. O Palácio do Planalto não pretende se associar ao escândalo do "mensalão do DEM".
Paulo Octávio é alvo de quatro pedidos de impeachment na Câmara Legislativa do Distrito Federal, assim como o governador licenciado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), acusado em inquérito de ser o mentor do esquema de corrupção local, chamado de "Mensalão do DEM". Arruda está preso desde a semana passada pela Polícia Federal (PF) por obstrução das investigações. O pedido de abertura de inquérito contra Arruda na Casa foi aprovado nesta quinta.
O DEM vai avaliar a situação do governador Paulo Octávio, na semana que vem. O partido poderá expulsar Paulo Octávio e intervir no Diretório Regional do DF. A estratégia de lideranças nacionais da legenda é a de tentar isolar a pecha de corrupção ao partido no Distrito Federal.