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Parlamento alemão aprova 3º pacote de ajuda para Grécia

As ajudas foram aprovadas na Câmara dos Deputados alemã com 473 votos a favor, 100 votos contra e 11 abstenções

O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble: ele destacou os progressos realizados pela Grécia para enfrentar sua crise financeira e da dívida (Georges Gobet/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 09h49.

Berlim - O Parlamento alemão aprovou nesta sexta-feira com uma clara maioria o terceiro pacote de ajuda para a Grécia , com os votos de boa parte dos deputados da coalizão de governo e o apoio majoritário dos principais grupos de oposição, o Partido Social-Democrata (SPD) e Os Verdes.

O único grupo que votou em bloco contra as novas ajudas foi a formação da Esquerda, partido resultante da fusão entre o Partido do Socialismo Democrático (PDS) e grupos dissidentes de origem social-democrata.

A Esquerda anunciou inclusive que pedirá ao Tribunal Constitucional (TC) que examine se as novas medidas são compatíveis com a Constituição alemã.

As ajudas foram aprovadas na Câmara dos Deputados alemã com 473 votos a favor, 100 votos contra e 11 abstenções.

O SPD e Os Verdes, apesar seu respaldo às ajudas estipuladas na segunda -feira passada em Bruxelas, criticaram no debate a política frente à crise europeia do Governo de Angela Merkel.

O presidente do grupo parlamentar social-democrata, Frank-Walter Steinmeier, acusou o Executivo de não dizer toda a verdade sobre a situação da Grécia e de adiar, para depois das eleições gerais de outono de 2013, uma remissão da dívida grega que considera inevitável.

"Os senhores só ganharam tempo. Ao resgate da Grécia pertence inevitavelmente um perdão da dívida e este é um tema que o governo evita como o diabo evita a água benta", disse Steinmeier.


Apesar de todas as reservas, Steinmeier justificou o voto a favor de seu partido dizendo que não se pode deixar os gregos de mãos abanando.

O copresidente do grupo parlamentar verde, Jürgen Trittin, disse que a necessidade de aprovar a nova ajuda é o resultado de uma política equivocada do governo alemão que apostou durante tempo demais e de forma unilateral na austeridade e na economia.

"Com uma política somente de austeridade não se poderá salvar o euro", disse Trittin.

A vice-presidente do grupo parlamentar da Esquerda, Sahra Wagenknecht, classificou as ajudas de "incineração irresponsável do dinheiro dos contribuintes para favorecer os banqueiros e os especuladores".

Sahra criticou o SPD e os Verdes por aprovar as ajudas e lamentou que nenhum projeto de lei esteja passando pela elite econômica grega que é em boa parte o responsável da situação atual.

No início do debate, o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, destacou os progressos realizados pela Grécia para enfrentar sua crise financeira e da dívida, embora tenha pedido paciência para que o parceiro europeu enfrente a situação.

"Os primeiros progressos podem ser vistos, mas o caminho que há diante de nós é longo", disse Schäuble no plenário do Bundestag, a Câmara dos Deputados alemã.

O chefe do Tesouro alemão afirmou diante dos deputados germânicos que as autoridades de Atenas trabalham com grande entusiasmo para aplicar as reformas necessárias e que nos últimos anos conseguiram reduzir de forma notável seu déficit público.

Após afirmar que a Grécia está conseguindo aumentar sua competitividade, Schäuble pediu aos membros do Bundestag um amplo apoio à estipulada ampliação do pacote de resgate para o país.

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Berlim - O Parlamento alemão aprovou nesta sexta-feira com uma clara maioria o terceiro pacote de ajuda para a Grécia , com os votos de boa parte dos deputados da coalizão de governo e o apoio majoritário dos principais grupos de oposição, o Partido Social-Democrata (SPD) e Os Verdes.

O único grupo que votou em bloco contra as novas ajudas foi a formação da Esquerda, partido resultante da fusão entre o Partido do Socialismo Democrático (PDS) e grupos dissidentes de origem social-democrata.

A Esquerda anunciou inclusive que pedirá ao Tribunal Constitucional (TC) que examine se as novas medidas são compatíveis com a Constituição alemã.

As ajudas foram aprovadas na Câmara dos Deputados alemã com 473 votos a favor, 100 votos contra e 11 abstenções.

O SPD e Os Verdes, apesar seu respaldo às ajudas estipuladas na segunda -feira passada em Bruxelas, criticaram no debate a política frente à crise europeia do Governo de Angela Merkel.

O presidente do grupo parlamentar social-democrata, Frank-Walter Steinmeier, acusou o Executivo de não dizer toda a verdade sobre a situação da Grécia e de adiar, para depois das eleições gerais de outono de 2013, uma remissão da dívida grega que considera inevitável.

"Os senhores só ganharam tempo. Ao resgate da Grécia pertence inevitavelmente um perdão da dívida e este é um tema que o governo evita como o diabo evita a água benta", disse Steinmeier.


Apesar de todas as reservas, Steinmeier justificou o voto a favor de seu partido dizendo que não se pode deixar os gregos de mãos abanando.

O copresidente do grupo parlamentar verde, Jürgen Trittin, disse que a necessidade de aprovar a nova ajuda é o resultado de uma política equivocada do governo alemão que apostou durante tempo demais e de forma unilateral na austeridade e na economia.

"Com uma política somente de austeridade não se poderá salvar o euro", disse Trittin.

A vice-presidente do grupo parlamentar da Esquerda, Sahra Wagenknecht, classificou as ajudas de "incineração irresponsável do dinheiro dos contribuintes para favorecer os banqueiros e os especuladores".

Sahra criticou o SPD e os Verdes por aprovar as ajudas e lamentou que nenhum projeto de lei esteja passando pela elite econômica grega que é em boa parte o responsável da situação atual.

No início do debate, o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, destacou os progressos realizados pela Grécia para enfrentar sua crise financeira e da dívida, embora tenha pedido paciência para que o parceiro europeu enfrente a situação.

"Os primeiros progressos podem ser vistos, mas o caminho que há diante de nós é longo", disse Schäuble no plenário do Bundestag, a Câmara dos Deputados alemã.

O chefe do Tesouro alemão afirmou diante dos deputados germânicos que as autoridades de Atenas trabalham com grande entusiasmo para aplicar as reformas necessárias e que nos últimos anos conseguiram reduzir de forma notável seu déficit público.

Após afirmar que a Grécia está conseguindo aumentar sua competitividade, Schäuble pediu aos membros do Bundestag um amplo apoio à estipulada ampliação do pacote de resgate para o país.

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