Economia

País precisará de 3 vezes mais aviões até 2032, diz Airbus

As estimativas contam com previsão de crescimento de 4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, acima da média mundial de 3,1%


	Avião da Airbus em aeroporto: empresa salienta que companhias aéreas no país operam alguns dos aviões mais novos e eficientes do mundo
 (©AFP/Pool/Arquivo / Mike Clarke)

Avião da Airbus em aeroporto: empresa salienta que companhias aéreas no país operam alguns dos aviões mais novos e eficientes do mundo (©AFP/Pool/Arquivo / Mike Clarke)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 15h47.

São Paulo - O mercado brasileiro de viagens aéreas precisará de 1.324 aviões até 2032 para atender às exigências crescentes do transporte aéreo internacional e doméstico do país.

A estimativa está na mais recente Previsão de Mercado Global (GMF) da Airbus, apresentada nesta terça-feira, 26, em São Paulo. Pelas projeções, 896 aviões de corredor único, 353 de dois corredores e 75 muito grandes (VLA) devem ajudar a atender a crescente demanda de operadores domésticos e estrangeiros no Brasil quase triplicando a frota em serviço atual, de 480 aeronaves.

As estimativas contam com previsão de crescimento de 4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, acima da média mundial de 3,1%. O tráfego aéreo brasileiro acompanharia esse ritmo, crescendo a uma taxa anual de 6,8% até 2032, também superior à média mundial, de 4,7%.

"As entregas do A350 e do A320neo, a partir de 2014 e 2015, respectivamente, não poderiam vir em melhor hora, com aviões de um e dois corredores formando a maioria da demanda no Brasil", disse o vice-presidente executivo da Airbus para América Latina e Caribe, Rafael Alonso, em comunicado.

"Essas aeronaves ultraeficientes são ideais para lidar com os crescentes desafios apresentados às companhias aéreas pelos altos custos do combustível e pelo competitivo mercado de passageiros que buscam conforto e tarifas baixas", completa.

A Airbus salienta que as companhias aéreas no Brasil operam alguns dos aviões mais novos e eficientes do mundo, com uma frota com idade média de sete anos, 34% inferior à média mundial.

A380

A companhia defende que as aeronaves muito grandes (VLA), como o A380, seriam ideais para cidades com tráfego de alta densidade, como Rio de Janeiro e São Paulo, porque poderiam transportar mais passageiros com menos voos.


"Com quase metade do tráfego de longa distância da região passando pelo Brasil, o A380 poderia aliviar o congestionamento em aeroportos movimentados como Guarulhos, que representa 25% do tráfego internacional total na América Latina", disse Alonso. "O A380 também apoiaria os enormes fluxos de turismo esperados com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos".

Por ora, esse modelo de aeronave não tem permissão para aterrissar no Brasil porque os aeroportos nacionais não possuem a certificação necessária. A expectativa da Airbus é de que o A380 possa chegar ao Brasil em 2014. Segundo Alonso, quatro companhias já manifestaram o interesse em voar para São Paulo usando a aeronave - Lufthansa, Emirates, British Airways e Air France.

O executivo apresentou dados que mostram que São Paulo é a única das 20 megacidades, que concentram 93% dos voos de longa distância no mundo, que ainda não recebe voos do A380. "Enxergamos muitas oportunidades. O avião maior é uma solução para aproveitar melhor a infraestrutura aeroportuária", disse Alonso.

América Latina

Para a América Latina, a previsão da Airbus para os próximos 20 anos é de uma demanda de mais de 2.307 novas aeronaves, incluindo 1.794 unidades de corredor único, 475 de dois corredores e 38 muito grandes (VLA), estimada em aproximadamente US$ 292 bilhões. Globalmente, até 2032, cerca de 29.230 novos aviões de passageiros e de carga, estimados em quase US$ 4,4 trilhões, serão necessários para atender à futura forte demanda de mercado.

Com mais de 800 aeronaves vendidas e quase 400 pedidos, mais de 500 aviões da Airbus estão em operação na América Latina e Caribe. Nos últimos 10 anos, a companhia triplicou sua frota em serviço e entregou mais de 60% de todos os aviões que operam na região. Atualmente, a idade média da frota em serviço na América Latina é de 9,5 anos, 42% menor desde 2000. (Colaborou Marina Gazzoni)

Acompanhe tudo sobre:AirbusAviaçãoAviõesEmpresasEmpresas holandesasempresas-de-tecnologiaTransportesVeículos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor