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Pacto Federativo não altera regras para o BPC, esclarece ministério

Em nota oficial, a pasta da Economia afirmou que a PEC propõe retirar da Constituição um artigo sem efeito

Paulo Guedes: ministro da Economia disse que decreto da ditadura poderia ser invocado caso manifestações populares aumentem no Brasil (Amanda Perobelli/Reuters)
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Agência Brasil

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 17h40.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que reformula o pacto federativo , enviada na última terça-feira (5) ao Senado , não altera as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), esclareceu nesta quinta-feira (7) o Ministério da Economia . Em nota oficial, a pasta explicou que a PEC propõe retirar da Constituição um artigo sem efeito.

O comunicado enfatizou que o BPC, por ser um benefício assistencial, é regulado pelo artigo 203 da Constituição, vinculado ao salário mínimo e corrigido todos os anos pela inflação. Nos últimos dias, surgiram interpretações de que a proposta de retirada do artigo 58, que consta da PEC, poderia desvincular o BPC do salário mínimo.

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Segundo o Ministério da Economia, artigo 58 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias trata de uma regra de correção de aposentadorias que vigorou da promulgação da Constituição, em 1988, até a edição de duas leis específicas sobre o tema (8.212 e 8.213), em 1991.

"Como o artigo 58 não tinha mais valor, de modo a evitar que houvesse qualquer dúvida, o governo limpa esse texto que não estava mais em vigor, uma vez que a regulamentação já tinha sido feita há 28 anos", destacou a pasta.

Nos últimos dias, diversas interpretações de economistas e de legisladores consideravam que a retirada do artigo 58 poderia impactar a correção do BPC. O Ministério da Economia esclareceu que o artigo 58 trata apenas de benefícios previdenciários (aposentadorias, auxílios e pensões) e não abrange o BPC, que é um benefício assistencial.

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