Os royalties do petróleo vão ajudar as finanças do Rio?
ÀS SETE - O governo do estado quer levantar 3 bilhões de reais nesse formato, mas a ideia precisa ser regulamentada pela Presidência da República
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 06h33.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2018 às 07h19.
O ministério da Fazenda deve discutir nesta quarta-feira um novo passo no plano de recuperação econômica para o Rio de Janeiro : a utilização de royalties de petróleo como garantia para a aquisição de empréstimos.
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O governo do estado quer levantar 3 bilhões de reais nesse formato, mas a ideia precisa ser regulamentada pela Presidência da República.
Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, a operação deve ser estruturada pelo Banco do Brasil e, na verdade, render menor do que se espera, ficando em torno de 1 bilhão de reais.
A ideia é que esses recursos venham de uma troca de financiamentos que já existem por um crédito novo, de custo mais baixo.
Essa manobra só será possível porque, em janeiro, foi sancionada uma lei que permite a transferência de verba proveniente de royalties para investidores e bancos.
De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o novo empréstimo já estava previsto no plano de recuperação fiscal, aprovado em setembro do ano passado, e não tem qualquer relação com a intervenção conduzida por militares.
Até o momento, os cofres do Rio receberam 2,8 bilhões de reais com o penhor das ações da Cedae, empresa de saneamento do estado.
A liberação de verbas para o Rio ainda deve vir de outras frentes. Na segunda-feira, Meirelles chegou a afirmar que está sendo avaliada a necessidade de aumentar os aportes ao Exército, caso as Forças Armadas precisem de mais dinheiro até dezembro, e, se necessário, serão remanejados recursos de outras pastas para bancar a operação.
Se não resolver o problema de falta de recursos, o Rio não conseguirá dar uma resposta de longo prazo para sua crise de segurança. São duas pontas do mesmo problema. Sem dinheiro, não há intervenção que dê jeito.