Economia

Os nomes que Lula sonha em ter na equipe econômica

O ex-presidente sonha em ter no seu tipo nomes já conhecidos do mercado financeiro e da comunidade internacional

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 6 de março de 2022 às 15h44.

Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que o presidente da FIESP, Josué Gomes, e o ex-comandante do BC Henrique Meirelles estão entre os nomes com os quais o petista sonha para sua equipe econômica caso vença a disputa presidencial.

Embora Josué possa fazer um ponte importante entre Lula e o setor produtivo ficando fora do governo, aliados afirmam que o ex-presidente continuará a cortejá-lo para compor sua equipe. O mesmo vale para Meirelles. O ex-chefe do BC trabalha no plano econômico do pré-candidato do PSDB à presidência João Doria e tem planos de se candidatar ao Senado por Goiás, mas nada disso desanima os petistas. Apostam que Meirelles é soldado e volta se Lula insistir.

Equipe petista

Lula não gostou nada da decisão de Jaques Wagner de não se candidatar ao governo da Bahia. Segundo aliados do ex-presidente, Wagner abriu mão de um projeto de quase duas décadas do PT no estado, o que desagradou Lula. Mas acalmados os ânimos, a tendência é que Wagner entre de cabeça na coordenação da campanha, com grandes chances de assumir a Casa Civil num eventual governo petista.

O ex-chanceler Celso Amorim também já está mergulhado no comitê de campanha do ex-presidente. Vai cuidar da área internacional do programa. Acompanhou Lula em viagem ao México e defendeu a abertura de um diálogo com a Rússia para resolver o conflito com a Ucrânia sem imposição de sanções econômicas ao governo russo.

Temor

O maior temor da equipe econômica hoje é o efeito que a guerra na Ucrânia terá no lado gastador da ala política do governo. As pressões por soluções milagrosas para a alta dos preços dos combustíveis, por exemplo, já começaram. A elas, a equipe do ministro Paulo Guedes segue dando a mesma resposta: não há milagres. Se o governo tivesse criado um fundo de estabilização de preços há 3 meses, com o barril acima de US$ 100, o dinheiro já teria virado pó, tem dito o ministro. Congresso ainda prioriza projetos de lei para combustível.

Oportunidade

A equipe econômica avalia que o país está preparado para lidar com a volatilidade nos mercados globais em função da guerra e pode até mesmo se beneficiar, recebendo mais investimentos. Segundo integrantes da pasta de Guedes, o país está entre os mercados emergentes mais atrativos para investidores estrangeiros mesmo com as incertezas eleitorais. Tem reservas elevadas, uma política fiscal sob controle, maior parte de seu endividamento em moeda local e um amplo programa de investimentos em infraestrutura.

Crescimento

Por outro lado, a guerra na Ucrânia já contratou uma inflação que baterá nos combustíveis e nos alimentos e deve afetar o crescimento PIB de 2022, estimado pelo governo em 2,1%, afirmam os integrantes da Economia.

Governo brasileiro prevê aumento de preço alimentos, diz o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A Secretaria de Política Econômica (SPE) fará sua primeira revisão de projeções para inflação e crescimento em meados de março.

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