Os 13 principais personagens da novela europeia
Conheça alguns dos protagonistas que tentam salvar Grécia, Itália e companhia, evitando um colapso econômico no continente
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h23.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h32.
A nova chefe do FMI, Christine Lagarde, ocupava anteriormente o cargo de ministra das Finanças da França. Na nova função, Lagarde será responsável por coordenar a ação conjunta do fundo e da União Europeia para elaborar os pacotes de resgate a países em crise fiscal, como a Grécia, Irlanda, Itália, e outros.
A Alemanha, principal economia da zona do Euro, chamou para si a responsabilidade de liderar o bloco na resolução dos problemas fiscais de economias como a grega, a italiana e a irlandesa. Esta liderança está personificada na chanceler alemã Angela Merkel. Alguns especialistas chegam a dizer que o sucesso ou fracasso do euro pesam sobre os ombros da alemã.
O francês Jean Claude Trichet ocupa atualmente o cargo de presidente do Banco Central Europeu. Portanto, ele tem papel importante na criação de medidas para conter a crise fiscal que ameaça se espalhar por toda a zona do Euro. O líder da autoridade monetária europeia tem feito sucessivos alertas para o fato de que a crise fiscal não é apenas um problema europeu, mas do mundo todo.
O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, é também presidente do Eurogrupo, instituição que, uma vez por mês, reúne todos os ministros das finanças dos países da zona do Euro. Dos encontros já saíram recomendações importantes para que países como Grécia e Irlanda resolvessem seus problemas fiscais. Nesta sexta-feira, sob a batuta de Juncker, o Eurogrupo deve fazer uma reunião extraordinária para falar de assuntos urgentes. Na pauta devem estar temas como a instabilidade na Itália e uma possível moratória parcial da dívida pública grega.
O belga Herman Van Rompuy foi o primeiro presidente do Conselho Europeu, cargo que ocupa até o momento. Ele tem a responsabilidade de organizar as conversas para decisões emergenciais para ajudar os PIIGS (sigla em inglês para o grupo de países formado por Portugal, Grécia, Irlanda, Itália e Espanha), mergulhados em severas crises fiscais.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy tem ajudado a criar acordos na zona do Euro para facilitar a elaboração de pacotes de socorro a países com problemas fiscais. Em menor escala, seu papel é semelhante ao da chanceler alemã Angela Merkel.
Papandreou é o primeiro-ministro da Grécia. Durante seu mandato o país mergulhou em uma crise fiscal sem precedentes. Além de ser o responsável por implantar as amargas medidas de austeridade que tanto desagradam à população, Papandreou também faz malabarismo para manter um certo consenso no governo. Esta é a condição para que o país continue recebendo ajuda da zona do Euro e do FMI.
Em junho, Venizelos substituiu George Papaconstantinou no cargo de ministro das Finanças da Grécia. Ele vai ajudar o primeiro-ministro George Papandreou na tarefa de implantar severas medidas de austeridade no país e conduzir a Grécia no caminho para fora da crise.
Embora a Espanha seja o país dos PIIGS com a situação menos delicada, o país ainda preocupa as autoridades da zona do Euro. Embora seus problemas com a dívida pública sejam menores que os de Grécia e Irlanda, o país ainda apresenta indicadores preocupantes. Ele tem, por exemplo, a maior taxa de desemprego da Europa. São razões de sobra para causar dores de cabeça em Elena Salgado, a ministra das Finanças da Espanha.
O finlandês Olli Rehn é comissário europeu para assuntos econômicos e financeiros. Ele e suaequipe têm a pesada tarefa de cuidar da saúde fiscal, econômica e monetária da União Europeia. É dele também a responsabilidade de ajudar a colocar ordem na bagunça financeira e fiscal que se instalou nos PIIGS.
Mario Draghi emergiu no cenário europeu como o mais provável sucessor de Jean Claude Trichet na presidência do Banco Central Europeu. Ele conta, inclusive, com o apoio da maioria dos países da zona do Euro. Se o possível futuro cargo de Draghi é tenso, seu atual não deixa por menos. O italiano ocupa a cadeira da presidência do Banco Central da Itália, país que, embora a uma certa distância, também está na fila do dominó da crise fiscal europeia.
Giulio Tremonti é ministro da Economia e Finanças da Itália. Ele vem tendo trabalho dobrado desde que os investidores começaram a ficar inseguros com as medidas de austeridade que seriam implantadas no país. Recentemente Tremonti e o premiê italiano Silvio Berlusconi se desentenderam, e especula-se que o ministro da Economia esteja isolado politicamente. Entretanto, ele ainda é visto pelo mercado financeiro italiano como um dos poucos capazes de manter a situação econômica sob controle.
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