Os 10 paraísos fiscais mais presentes nos Panama Papers

São Paulo -  O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) fez ontem o maior vazamento de dados sobre corrupção da história.

São 11,5 milhões de documentos do Mossack Fonseca, companhia com sede no Panamá que se especializou na criação e gerenciamento de empresas offshore.

Os 40 anos de arquivo mostram esquemas complexos de ocultação de patrimônio de gente como Xi Jinping, presidente da China, Maurício Macri, presidente da Argentina, o jogador Lionel Messi, o ator Jackie Chan e amigos do presidente russo Vladimir Putin.

Ao menos 57 envolvidos no escândalo da Petrobras abriram 107 empresas pela Mossack Fonseca, de acordo com os dados; alguns indícios já estavam no radar da Lava Jato.

Os paraísos fiscais estão na linha de frente do caso. Mais de 100 mil empresas (ou 1 em cada 2 citadas) foram incorporadas só nas Ilhas Virgens Britânicas, que tem apenas 28 mil habitantes.

A pequena ilha Niue, no Pacífico, teve o equivalente a 8 empresas criadas para cada habitante - mas saiu de cena após 2005, quando a indústria offshore do país foi desmantelada diante das alegações generalizadas de lavagem de dinheiro.

O economista francês Gabriel Zucman estimou recentemente que 8% da riqueza financeira do mundo está em paraísos fiscais:

"Claro que cada país tem o direito de escolher sua própria taxa de impostos, mas nenhum tem o direito de roubar a receita de outros países, facilitar corrupção, permitir que criminosos e elites corruptas escondam sua riqueza ou facilitar com que companhias internacionais evadam impostos ao transferirem artificialmente a origem de seus lucros", disse ele em entrevista para EXAME.com no ano passado.

Veja no gráfico a trajetória de cada um dos locais ao longo do tempo:

 

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Veja os 10 lugares onde mais empresas foram criadas pela Mossack Fonseca segundo os documentos. Todos são países ou territórios com exceção de Nevada, 8º lugar, que é um estado dos Estados Unidos: