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Orçamento de 2024 enviado ao Congresso prevê superávit primário de R$ 2,8 bilhões

Resultado, entretanto, depende de arrecadação extra de R$ 168,5 bilhões, em que parte delas depende de aprovação do Congresso

Esplanda dos Ministérios e Congresso: resultado fiscal do governo em 2024 depende de uma arrecadação extra de R$ 168,5 bilhões (Ueslei Marcelino/Reuters)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 31 de agosto de 2023 às 18h06.

Última atualização em 31 de agosto de 2023 às 18h09.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2024, enviado pelo governo ao Congresso nesta quinta-feira, 31, prevê um superávit primário de R$ 2,8 bilhões do governo central (Tesouro e Previdência Social). Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), o resultado contempla o objetivo do governo previsto no novo arcabouço fiscal de zerar o déficit público.

O resultado, entretanto, depende de uma arrecadação extra de R$ 168,5 bilhões. Parte das medidas de arrecadação ainda depende de aprovação do Congresso Nacional. Veja abaixo as medidas detalhadas pelo governo:

Veja também

Receitas e despesas

O projeto também fixa as receitas primárias em R$ 2,709 trilhões e as receitas líquidas, após as transferências para estados e municípios, em R$ 2,191 trilhões.

As despesas foram estimadas em R$ 2,188 trilhões.

O governo ainda busca aprovar no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo anouma autorização para gastar R$ 32,4 bilhões a mais em 2024, considerando a correção do gasto pela inflação cheia de 2023, e não pela variação entre julho de 2022 e junho de 2023 - como determina o novo arcabouço fiscal.

Esses R$ 32,4 bilhões em despesas previstas na peça orçamentária estão condicionadas à aprovação de um crédito adicional pelo Congresso. Conforme o projeto enviado ao Legislativo, entre as despesas condicionadas a essa autorização, estão R$ 21,201 bilhões em gastos obrigatórios com controle de fluxo e R$ 11,218 bilhões em despesas discricionárias.

Caso o superávit primário de R$ 2,8 bilhões se confirme, a dívida bruta chegará a 77,3% do PIB no próximo ano.

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