O volume de operações de crédito realizadas no país mostrou crescimento de 1,1% em fevereiro na comparação com janeiro, atingindo 615,6 bilhões de reais. O avanço, que contribuiu para uma alta de 20% no período de doze meses, fez com que os empréstimos chegassem a 31,3% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (23/03) pelo Banco Central.

As operações com recursos livres representaram 67% do total de fevereiro, com 412,5 bilhões de reais. O resultado mostrou alta de 1,8% no mês e de 24,4% em doze meses. Já o crédito direcionado recuou 0,1% em fevereiro, para 203,1 bilhões.

Na análise pelo tomador, as famílias contrataram 196 bilhões de reais em crédito, 1,7% mais do que em janeiro. O comércio também requisitou mais recursos: 65,8 bilhões de reais, uma alta de 2,3%. Os financiamentos à indústrias somaram 136,8 bilhões (0,2% a mais) e os rurais chegaram a 66,8 bilhões (0,7% de crescimento), enquanto as operações para o setor habitacional, que reúne recursos livres e direcionados, exigiram 30 bilhões de reais (alta de 0,6%).

Descartadas as participações de leasing e corretoras, o crédito às pessoas físicas somou 163,4 bilhões de reais, 2% a mais do que em janeiro. De acordo com o Banco Central, o volume cresceu graças à alta no crédito pessoal, de 2,5%, e dos financiamentos para aquisição de veículos, de 2,4%. Os recursos das operações contratadas por pessoas jurídicas também aumentou, em 1,7%, para 186,5 bilhões de reais.

Ainda na categoria de crédito referencial, que contabiliza os recursos livres e exclui operações de leasing e cooperativas, o spread praticado aumentou, em geral, em 0,5 ponto percentual, chegando a 30,2 pontos percentuais. O custo médio do crédito para pessoas físicas ficou em 46,2% ao ano, 0,1 ponto percentual maior do que em janeiro. Já a taxa média das operações com pessoas jurídicas aumentou 0,3 ponto percentual, para 31,6% ao ano.