São Paulo - A economia da China já não cresce como antes. Porém, o aumento do poder aquisitivo dos chineses nos últimos anos representa, mais do que nunca, uma tremenda oportunidade para os negócios — especialmente para os setores de serviço e tecnologia.
Segundo um novo estudo, em apenas uma década, o consumo chinês deverá saltar dos US$ 3,7 trilhões registrados em 2014 para US$ 6,4 trilhões em 2025.
É um aumento vertiginoso, que representa cerca de 70% de todo consumo interno do país no ano passado, segundo dados do estudo produzido pelo think tank Demand Institute.
A pesquisa estima que o consumo da sociedade chinesa deve crescer a uma média de 5,2% ao ano durante a próxima década. Nesse ritmo, o consumo acumulado do país vai bater vultosos US$ 56 trilhões de hoje até 2025.
De acordo com o estudo, o consumo interno se firma como um novo motor de crescimento do país, capaz de compensar a quebra da produção industrial. Em 2025, o consumo deverá responder por 42% do PIB total, acima dos atuais 37%.
Apesar da redução do crescimento econômico, o país continua faminto, mas seu "apetite" dá sinais de mudança.
Com a diversificação da economia chinesa, o país passou a demandar menos materiais básicos e mais produtos e serviços de tecnologia, sinais da vitalidade da classe média urbana chinesa, que hoje já é a maior do mundo.
Exemplo disso é a venda de smartphones no país. Para se ter uma ideia, a Apple registrou um aumento extraordinário de 99% na receita no quarto trimestre na China em relação ao ano passado.
Apesar do cenário promissor para vendas, o estudo adverte que o crescimento do consumo chinês será "altamente irregular" e exigirá que os "líderes empresariais saibam priorizar mercados no país".
Segundo a pesquisa, megacidades como Pequim, Shangai e Chongquing estão entre as mais promissoras para as empresas do setor de consumo. Mas outras cidades menores também estão no pário, incluindo Fuzhou, Xiamen, Dongguan, Wuhan, Nanjing, Dalian e muitas outras.
São Paulo - Os
Estados Unidos foram ultrapassados pela China e já não são o maior país de
classe média do mundo em quantidade de pessoas. De acordo com um relatório de riqueza do banco
Credit Suisse , há hoje 109 milhões de chineses e 91 milhões de americanos nesta categoria. A referência foi os Estados Unidos, com valores corrigidos para cada país de acordo com paridade de poder de compra e preços locais. Ou seja, para ser classe média na Índia, um adulto precisa ganhar US$ 13.662 por ano. No Reino Unido, este valor é mais de 5 vezes maior. A fronteira da classe média no Brasil é de US$ 28 mil, e
só 8,1% da população fica acima disso. Ainda assim, a grande população garante ao país o 13º lugar no ranking de números absolutos. Veja a seguir os 13 países do mundo com a classe média mais numerosa, o que isso significa em proporção da população e :
2. 1. China 2 /15(Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
Pessoas de classe média | 108 milhões |
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Classe média como proporção da população | 10,7% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 29.245 |
3. 2. Estados Unidos 3 /15(Carlo Allegri/Reuters)
Pessoas de classe média | 91 milhões |
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Classe média como proporção da população | 37,7% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 50.000 |
4. 3. Japão 4 /15(Bloomberg)
Pessoas de classe média | 62 milhões |
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Classe média como proporção da população | 59,5% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 42.105 |
5. 4. Itália 5 /15(Lucas Sartoni/Flickr/Creative Commons)
Pessoas de classe média | 29 milhões |
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Classe média como proporção da população | 59,7% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 42.177 |
6. 5. Alemanha 6 /15(Getty Images)
Pessoas de classe média | 28 milhões |
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Classe média como proporção da população | 42,4% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 43.733 |
7. 6. Reino Unido 7 /15(Mark Ahsmann/Wikimedia Commons)
Pessoas de classe média | 27 milhões |
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Classe média como proporção da população | 57,4% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 55.123 |
8. 7. França 8 /15(ThinkStock)
Pessoas de classe média | 23,8 milhões |
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Classe média como proporção da população | 49,2% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 46.183 |
9. 8. Índia 9 /15(Namas Bhojani/Bloomberg News)
Pessoas de classe média | 23 milhões |
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Classe média como proporção da população | 3% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 13.662 |
10. 9. Espanha 10 /15(Getty Images)
Pessoas de classe média | 20,9 milhões |
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Classe média como proporção da população | 55,8% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 37.521 |
11. 10. Coreia do Sul 11 /15(Woohae Cho/Bloomberg)
Pessoas de classe média | 17,3 milhões |
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Classe média como proporção da população | 44,6% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 37.874 |
12. 11. Canadá 12 /15(Getty Images)
Pessoas de classe média | 13,2 milhões |
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Classe média como proporção da população | 47,8% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 49.481 |
13. 12. México 13 /15(Getty Images)
Pessoas de classe média | 12,9 milhões |
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Classe média como proporção da população | 17,1% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 25.638 |
14. 13. Brasil 14 /15(Paulo Pinto/Fotos Públicas/Fotos Públicas/O gigante chinês continua faminto — mas seu "paladar" mudou)
Pessoas de classe média | 11,2 milhões |
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Classe média como proporção da população | 8,1% |
Riqueza anual mínima para ser classe média | US$ 28.321 |
15 /15(Divulgação)