Economia

Fitch vai concluir revisão do rating do Brasil em julho

Revisão é parte de um processo regular que Fitch faz todos os anos


	 Fitch e a Moodys Investors Service têm mantido estável a perspectiva sobre os ratings do Brasil
 (Bloomberg)

 Fitch e a Moodys Investors Service têm mantido estável a perspectiva sobre os ratings do Brasil (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 15h31.

 Costa do Sauípe - A Fitch Ratings vai concluir sua revisão anual da classificação de crédito do Brasil em julho, quando decidirá se fará uma revisão da perspectiva do rating do país para negativa, o que seria o primeiro passo na direção de um possível rebaixamento.

A revisão é parte de um processo regular que Fitch faz todos os anos, disse o analista da empresa de Shelly Shetty. Ela ressaltou que não existem idéias preconcebidas sobre a decisão, mas reconheceu que O Brasil não está em um caminho positivo.

"Não prevemos qualquer classificação ascendente no Brasil no curto prazo", disse Shetty durante a reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento, na Bahia. "De modo geral, se percebermos pressões negativas, nós sinalizaríamos com uma perspectiva negativa." Até agora, apenas a Standard & Poors decidiu cortar a classificação do Brasil, interrompendo uma série de atualizações que tinha levantado o classificação de crédito do país para grau de investimento cerca de cinco anos atrás.

A Fitch e a Moodys Investors Service têm mantido estável a perspectiva sobre os ratings do Brasil, que estão no segundo menor nível de grau de investimento na classificação de ambas as agências.

Por enquanto, a Fitch vê uma perspectiva equilibrada para o Brasil, apesar de suas advertências recentes de que o país precisa apertar a política fiscal para manter a sua nota de crédito BBB, disse Shetty.

"Sim, nós já expressamos algumas preocupações, mas também temos de olhar os fatores atenuantes", disse ela, reiterando que a decisão do governo de congelar 44 bilhões de reais do orçamento deste ano foi um passo na direção certa. Esse movimento faz parte da estratégia do governo para atingir um superávit primário de 1,9 por cento do PIB.

Muitos investidores temem que a presidente Dilma Rousseff terá dificuldade em cortar gastos durante um ano eleitoral em que ela vai buscar um segundo mandato. Em fevereiro, no entanto, o Brasil registrou um superávit primário de 2,13 bilhões de reais, de acordo com dados do Banco Central, desafiando as previsões para um déficit de 500 milhões de reais.

Shetty disse também que o baixo crescimento econômico do Brasil é outra fonte de preocupação para a Fitch.

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