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Ex-corretor do Goldman Sachs detido por fraude de US$ 8 bi

Na audiência, Taylor se declarou culpado, segundo um documento judicial divulgado nesta quarta-feira


	Em dezembro, a CFTC ordenou ao Goldman Sachs pagar 1,5 milhão de dólares por não ter sido capaz de "supervisionar corretamente seus empregados durante vários meses no final de 2007"
 (Arquivo/Getty Images)

Em dezembro, a CFTC ordenou ao Goldman Sachs pagar 1,5 milhão de dólares por não ter sido capaz de "supervisionar corretamente seus empregados durante vários meses no final de 2007" (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 10h54.

Um ex-corretor do banco de negócios Goldman Sachs foi detido nesta quarta-feira em Nova York, acusado de ter concebido um esquema para ocultar cerca de 8 bilhões de dólares investidos em contratos de longo prazo, indicaram representantes da Polícia Federal.

Matthew Marshall Taylor "foi detido esta manhã pelo FBI", declarou à AFP uma fonte ligada ao caso.

O gabinete do promotor federal de Manhattan indicou à imprensa que Taylor tinha sido apresentado a um juiz nesta quarta, acusado de "ser ligado a um esquema para acumular e ocultar posições não autorizadas de 8 bilhões de dólares em uma conta que ele administrava no Goldman Sachs".

Na audiência, Taylor se declarou culpado, segundo um documento judicial divulgado nesta quarta-feira.

Em novembro, a CFTC, o organismo de supervisão dos mercados de contratos de longo prazo e derivados, apresentou uma demanda contra Taylor.

O regulador acusou o ex-operador de ter enganado seu empregador ao "ocultar intencionalmente (...) a verdadeira e gigantesca dimensão (de suas apostas), os riscos, lucros e suas potenciais perdas" ligadas às posições que havia tomado no mercado de derivados.

Por volta de 13 de dezembro de 2007, no auge da fraude, Taylor havia "acumulado cerca de 8,3 bilhões de dólares em posições" em contratos de longo prazo sujeitos ao índice Standard and Poor's 500, detalhou a CFTC, que o acusa de ter causado ao Goldman Sachs perdas de 118,4 milhões de dólares.

Em dezembro, a CFTC ordenou ao Goldman Sachs pagar 1,5 milhão de dólares por não ter sido capaz de "supervisionar corretamente seus empregados durante vários meses no final de 2007".

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