Economia

Distribuidores de aços planos se preparam para 2º tri fraco

Setor vendeu em abril 357,4 mil toneladas, uma queda de 4 por cento sobre março e baixa de cerca de 7 por cento sobre o mesmo mês de 2013


	Trabalhadores da indústria siderúrgica: aço plano é responsável por cerca de 30 por cento das vendas de companhias como a Usiminas
 (Kiko Ferrite/EXAME)

Trabalhadores da indústria siderúrgica: aço plano é responsável por cerca de 30 por cento das vendas de companhias como a Usiminas (Kiko Ferrite/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 17h48.

São Paulo - Os distribuidores de aços planos do Brasil esperam um segundo trimestre de vendas relativamente ruim em relação ao ano passado, apesar de o resultado do setor em abril ter ficado acima do esperado.

O setor, responsável por cerca de 30 por cento das vendas de companhias siderúrgicas como a Usiminas, vendeu em abril 357,4 mil toneladas, uma queda de 4 por cento sobre março e baixa de cerca de 7 por cento sobre o mesmo mês de 2013.

A expectativa do setor era de recuo mensal de 7 por cento.

"A venda diária foi baixa, foi a menor venda diária do ano até agora", afirmou o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, nesta terça-feira.

Segundo ele, a venda de aço plano por dia útil em abril foi de 17,9 mil toneladas ante 19,6 mil em março e 19,5 mil em fevereiro.

"A gente está contaminado pelo ambiente todo, onde não se está se sentindo nenhuma força de crescimento do mercado. A esperança é que depois da Copa o Brasil volte a crescer um pouco mais", disse ele.

"Acho que vamos ter um segundo trimestre relativamente ruim", acrescentou, afirmando que espera alta nas vendas do setor entre 4,5 e 5 por cento no primeiro semestre.

No acumulado de janeiro a abril, as vendas subiram 7,2 por cento, a 1,529 milhão de toneladas, sobre um ano antes, reduzindo ritmo frente à expansão de 12 por cento vista no primeiro trimestre.

Com o resultado de vendas de abril, o setor de distribuição ficou com estoque em 982,1 mil toneladas, queda de 3,5 por cento sobre um ano antes e alta de 1,4 por cento sobre março.

O volume é suficiente para cerca de 2,7 meses de vendas.

Segundo Loureiro, dada a relativa estabilidade nos preços internacionais e do câmbio, o panorama de preços de aços planos no mercado brasileiro segue inalterado ante março.

"A perspectiva de aumento de preços no Brasil está completamente afastada num futuro previsível", disse Loureiro.

Para ele, apesar da forte disputa do mercado interno pelas usinas siderúrgicas do país, uma queda nos preços poderia ocorrer apenas num cenário de importação ainda mais forte.

No primeiro quadrimestre do ano, as importações de aços planos pelo Brasil subiram 33,2 por cento, para 578,6 mil toneladas, concentradas em materiais zincados.

Segundo Loureiro, o crescimento se deu sobre uma fraca base de comparação com o ano passado, o que levou a participação das importações no consumo aparente a 14 por cento ante nível "desejável" de 10 por cento.

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