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Não podemos apoiar salários mais altos, diz Levy

O ministro da Fazenda disse que o tema salários versus produtividade está na agenda do governo

Joaquim Levy: "sem um forte ganho de produtividade, não podemos apoiar salários mais altos", disse (REUTERS/Mike Theiler)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 10h42.

Londres - O Brasil não pode continuar oferecendo reajuste de salários sem aumento da produtividade. A defesa foi feita pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy , durante evento na capital britânica.

"Sem um forte ganho de produtividade, não podemos apoiar salários mais altos", disse durante abertura do "Brazil Capital Market Day", nesta quarta-feira, 13. "Isso é claramente entendido no Brasil", completou.

A uma plateia de investidores e analistas britânicos, Levy disse que a sociedade brasileira já teria entendido que os salários só podem subir com alguma contrapartida.

"É útil que você tem mais a percepção entre os formadores de opinião, empregadores e população em geral de que o ganho em produtividade é essencial para manter os salários crescendo", disse.

Levy disse que o tema salários versus produtividade está na agenda do governo. "É uma coisa em que nós estamos trabalhando em muitas das nossas medidas."

A defesa de Levy tem semelhanças com a opinião do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. Escolhido pelo tucano Aécio Neves como ministro da Fazenda em caso de vitória do PSDB nas eleições presidenciais de 2014, Fraga causou polêmica quando disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que era preciso ter melhor correlação entre o aumento do salário e a produtividade.

"Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho", disse Fraga em abril do ano passado antes da campanha eleitoral.

Crescimento

O Brasil está em boa forma para voltar a crescer. O processo de ajuste, porém, levará algum um tempo. Por isso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pede um pouco de paciência aos investidores.

"Eu acho que nós temos um plano forte. Tenham paciência conosco porque estamos em um processo de ajuste, mas estou confiante de que vamos ver os resultados de tudo isso no próximo ano", disse Levy.

Em palestra na abertura do "Brazil Capital Market Day" na Bolsa de Valores de Londres, o ministro defendeu que o Brasil está em "muito boa forma para começar esse novo ciclo de crescimento" após o boom das commodities. Entre as condições propícias à volta à expansão econômica, Levy disse que o País será mais "aberto".

"Nós vamos estar mais abertos em muitos aspectos da economia e mais competitivos", disse, ao comentar que o governo tem trabalhado para melhorar as condições da economia e também para aproveitar as vantagens competitivas do País.

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Londres - O Brasil não pode continuar oferecendo reajuste de salários sem aumento da produtividade. A defesa foi feita pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy , durante evento na capital britânica.

"Sem um forte ganho de produtividade, não podemos apoiar salários mais altos", disse durante abertura do "Brazil Capital Market Day", nesta quarta-feira, 13. "Isso é claramente entendido no Brasil", completou.

A uma plateia de investidores e analistas britânicos, Levy disse que a sociedade brasileira já teria entendido que os salários só podem subir com alguma contrapartida.

"É útil que você tem mais a percepção entre os formadores de opinião, empregadores e população em geral de que o ganho em produtividade é essencial para manter os salários crescendo", disse.

Levy disse que o tema salários versus produtividade está na agenda do governo. "É uma coisa em que nós estamos trabalhando em muitas das nossas medidas."

A defesa de Levy tem semelhanças com a opinião do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. Escolhido pelo tucano Aécio Neves como ministro da Fazenda em caso de vitória do PSDB nas eleições presidenciais de 2014, Fraga causou polêmica quando disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que era preciso ter melhor correlação entre o aumento do salário e a produtividade.

"Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho", disse Fraga em abril do ano passado antes da campanha eleitoral.

Crescimento

O Brasil está em boa forma para voltar a crescer. O processo de ajuste, porém, levará algum um tempo. Por isso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pede um pouco de paciência aos investidores.

"Eu acho que nós temos um plano forte. Tenham paciência conosco porque estamos em um processo de ajuste, mas estou confiante de que vamos ver os resultados de tudo isso no próximo ano", disse Levy.

Em palestra na abertura do "Brazil Capital Market Day" na Bolsa de Valores de Londres, o ministro defendeu que o Brasil está em "muito boa forma para começar esse novo ciclo de crescimento" após o boom das commodities. Entre as condições propícias à volta à expansão econômica, Levy disse que o País será mais "aberto".

"Nós vamos estar mais abertos em muitos aspectos da economia e mais competitivos", disse, ao comentar que o governo tem trabalhado para melhorar as condições da economia e também para aproveitar as vantagens competitivas do País.

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