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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.
Durante anos economistas do mundo inteiro alertaram para o perigo da explosão demográfica. Recentemente, porém, o perigo se inverteu: a população de diversos países começa a minguar, ameaçando o mercado local. Não só pela falta de mão-de-obra, mas principalmente porque menos gente significa um PIB menor.
Não necessariamente. Em reportagem publicada nesta sexta-feira (6/1), a revista britânica The Economist lembra que tamanho não é importante. "Muitos países estão preocupados com o tamanho absoluto de seu PIB, mas o que conta mesmo é a renda per capita", diz o texto.
Uma das principais conseqüências do baixo índice de natalidade na economia é em relação à mão-de-obra, pois o número de pessoas economicamente ativas tende a diminuir. Mas existe um lado positivo nisso tudo, segundo a Economist. Para superar a perda em número de trabalhadores, as economias podem acabar acelerando sua capacidade produtiva. A reação natural serão novos investimentos em tecnologia e o aprimoramento das gestões empresariais. Ou seja, há um lado positivo na queda demográfica.
A queda do índice de natalidade é um fenômeno mundial, mas os países mais ricos são os mais afetados. A Europa tem sido um caso clássico. A população russa, por exemplo, deve encolher 22% até 2050. Os políticos podem até não gostar da idéia de ver seu povo diminuir, já que o tamanho do PIB costuma definir o poder de um país. No entanto, diz a Economist, pessoas vivendo mais e mulheres controlando melhor a quantidade de filhos não são motivos de preocupação, e sim de comemoração.