Economia

Mercado espera nova meta de superávit primário

As atenções do mercado nesta semana se voltam mais uma vez para a cúpula econômica. Mais precisamente para o anúncio que o ministro da Fazenda Antônio Palocci fará nesta semana sobre a mudança da meta do superávit primário. O anúncio deve ser feito antes da chegada da missão do FMI, programada para a segunda semana […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

As atenções do mercado nesta semana se voltam mais uma vez para a cúpula econômica. Mais precisamente para o anúncio que o ministro da Fazenda Antônio Palocci fará nesta semana sobre a mudança da meta do superávit primário. O anúncio deve ser feito antes da chegada da missão do FMI, programada para a segunda semana de fevereiro.

O déficit fiscal primário em dezembro ficou em R$ 4,706 bilhões levando a um superávit acumulado no ano passado de R$ 52,364 bilhões, o equivalente a 4,06% do PIB (Produto Interno Bruto). Pelo quarto ano consecutivo, o resultado fiscal do período ficou acima da meta negociada com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que em 2002 era de 3,88% do PIB. Em 2001, o resultado foi de 3,74% ante uma meta de 3,5%, em 2000, atingiu a 3,54% (3,35%) e em 1999 3,29% (3,00%).

A dúvida do mercado é de quanto será o aumento. Atualmente em 3,75% do PIB, o mercado acredita que o novo superávit deve ficar próximo a 4,5% do PIB sob o argumento de que a inflação média maior do período garantirá um maior incremento expressivo nas receitas sem contrapartida integral nas despesas. Para o Lloyds TSB, essa é uma boa aposta, porém, faz ressalvas. "A nosso ver o mais sensato seria adotar algo entre 4,2% e 4,3%", afirma o banco.

Para os analistas do banco, essa seria uma meta difícil de ser alcançada, mas factível e sua magnitude simplesmente reproduz o aumento na meta implementada no quarto trimestre de 2002, quando o patamar subiu de 3,75% para 3,88% do PIB.

"Uma alta de 0,13% que multiplicada por quatro trimestres levaria a meta de 2003 para 4,26% do PIB. Um número que deve ser bem vindo, especialmente se o governo sinalizar para sua obtenção via corte de gastos públicos", afirma o banco em relatório.

Para os analistas, esse é também um patamar compatível com as necessidades de estabilizar a relação dívida/PIB, especialmente se a taxa de câmbio não apresentar desvalorização real adicional.

Uma meta acima de 4,2% ou 4,3% pode até, na visão do Lloyds TSB, ser possível, mas não se pode garantir que as recitas extraordinárias obtidas no ano passado (13% da arrecadação total da União) serão reproduzidas na mesma intensidade.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Mercado de trabalho permanece aquecido e eleva desafios à frente

Caged: Brasil criou 232 mil vagas de trabalho em agosto

Pacote de auxílio econômico para companhias aéreas será de R$ 6 bi

Governo autoriza uso de aposentadoria complementar como garantia de empréstimo habitacional