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Mercado agora se preocupa com Lula; sai inflação de agosto

Contabilizada a euforia pela subida do candidato governista nas pesquisas de intenção de voto, a partir de agora o mercado fica atento ao confronto entre José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva -- e à possibilidade de o candidato do PT vencer as eleições já no primeiro turno. Ontem, o preço do dólar caiu […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

Contabilizada a euforia pela subida do candidato governista nas pesquisas de intenção de voto, a partir de agora o mercado fica atento ao confronto entre José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva -- e à possibilidade de o candidato do PT vencer as eleições já no primeiro turno.

Ontem, o preço do dólar caiu em relação ao real por conta das expectativas em relação ao resultado das pesquisas eleitorais divulgadas à noite. Os rumores forçaram a baixa de 1,9% do dólar, que fechou em 3,1 reais e interrompeu cinco altas consecutivas.

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As expectativas da subida de José Serra (PSDB/PMDB) foram confirmadas, mas tanto o Datafolha quanto o Ibope também mostraram ampliação de dois pontos de Lula, que chega a ter 40% das intenções de voto. Com essa porcentagem, a possibilidade de uma vitória já no primeiro turno torna-se mais concreta - e o mercado, até agora preocupado com Ciro, ainda precisa avaliar a arrancada de Lula.

Inflação

Além do cenário político, o mercado tem de lidar hoje com os resultados da inflação de agosto. Serão divulgados dois índices: o Índice Geral de Preços (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

De acordo com a expectativa de alguns analistas, o IPCA pode ter variação de aproximadamente 0,73%. O forte recuo comparando-se ao mês anterior (1,19%) é reflexo do menor impacto dos reajustes dos preços administrados em agosto. "O enfraquecimento da demanda pode continuar restringindo o repasse da depreciação cambial para os IPCs em geral, contudo tal efeito é limitado aos bens de valor agregado mais elevado (bens duráveis, por exemplo)", diz o Lloyds TSB. "Portanto, a tendência de alta nos preços dos alimentos derivados de commodities, trigo e soja, principalmente, deve persistir no curto prazo."

Em relação ao IGP-DI, a maior parte do mercado espera que este seja o maior índice de inflação registrado em 2002.

Leilões

O Banco Central fará hoje um leilão de recompra de 210 mil Letras Financeiras do Tesouro (LFTs). Serão dois lotes, com no máximo 210 mil títulos cada um. O primeiro tem data de emissão em 31/05/2000 e vencimento em 25/06/2003 e o outro tem emissão em 26/07/2000 e vencimento em 10/09/2003. O BC pode recomprar todos os títulos do mesmo lote, já que o limite global do leilão é de 210 mil papéis e este é o número de LFTs que cada lote contém.

Cada instituição poderá fazer até cinco propostas que serão acolhidas entre 11 horas e 11h30.

À tarde, o Tesouro Nacional fará um leilão de até 2 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTNs) para o mercado. Os papéis devem ter data de emissão em 11/09/2002. Para o público, serão vendidos dois lotes de um milhão de LTNs cada um. Ambos têm o valor nominal em mil reais. Um dos lotes tem títulos com prazos de 56 dias e vencimento em 06/11/2002. O outro tem um prazo maior: 119 dias, vencimento em 08/01/2003.

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