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Mendonça de Barros e Gianotti criticam Dirceu

Dois participantes do debate "100 dias de Lula", promovido por EXAME, fizeram críticas ao discurso do ministro-chefe da Casa CIvil, José Dirceu: o ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Telecomunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros e o filósofo e professor da USP José Arthur Giannotti. Mendonça de Barros afirmou que a grande dificuldade que o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h45.

Dois participantes do debate "100 dias de Lula", promovido por EXAME, fizeram críticas ao discurso do ministro-chefe da Casa CIvil, José Dirceu: o ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Telecomunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros e o filósofo e professor da USP José Arthur Giannotti.

Mendonça de Barros afirmou que a grande dificuldade que o PT enfrentará ao longo dos quatro anos de governo será tentar conciliar tendências tão díspares como "socialismo à esquerda, pragmatismo ao centro e conservadorismo econômico à direita". Ele disse não estar surpreso com os 100 primeiros dias do governo Lula, que, na sua avaliação, tem adotado uma política econômica "ortodoxa". "Ele segue um modelo teórico de partido político que tomou o poder e não quer mais sair", afirmou. Mas o ex-ministro põe em dúvida o sucesso desse objetivo no longo prazo, já que a fusão de tendências tão diferentes é algo que, afirma ele, nenhum partido no mundo mundo conseguiu até hoje.

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Já Gianotti criticou indiretamente a posição do governo com relação ao caso dos grampos telefônicos envolvendo o senador Antonio Carlos Magalhães. Ele disse que, nos últimos anos, o sistema político brasileiro tem passado por uma renovação muito grande, inclusive com cassações de mandato. "Esse processo de peneiramento vai continuar?", questionou. Ele também criticou a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, que considera um órgão para a participação de "amigos do governo". "Não o vejo como uma delegação de representação", disse. Giannotti fez severas críticas à postura do governo nas áreas de educação e ciência e tecnologia: "É preciso criar sistemas eficazes para que o povo possa falar, sem cair no apelo do populismo".

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