Economia

Média do spread bancário chega a 34,1% e é a maior desde 2000

A taxa média de spread bancário (custo entre a captação e o repasse dos recursos) de 34,1%, ao ano, em abril, cobrada nas operações de crédito, é a maior desde o ano de 2000, quando foi iniciada a série histórica. A elevação da taxa, no mês, foi de 0,9 ponto percentual; no trimestre, de 2,4 […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

A taxa média de spread bancário (custo entre a captação e o repasse dos recursos) de 34,1%, ao ano, em abril, cobrada nas operações de crédito, é a maior desde o ano de 2000, quando foi iniciada a série histórica. A elevação da taxa, no mês, foi de 0,9 ponto percentual; no trimestre, de 2,4 pontos percentuais; no ano de 3 pontos percentuais; e em doze meses, de 4,7 pontos percentuais. As empresas pagaram taxa média de 15,3%, ao ano, com aumento de 0,4 ponto percentual no mês, e de 0,4 pontos percentual no trimestre, ou ainda de menos 1 ponto percentual no ano; e de aumento de 2,6 pontos percentuais em doze meses. A taxa média para a pessoa física ficou em 61,1%, ao ano. A elevação, no mês, ficou em 1,2 ponto percentual; no trimestre, em 4,3 pontos percentuais; no ano, em 6,6 pontos percentuais; e em doze meses, em 10,3 pontos percentuais.

Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a elevação da taxa reflete o lucro das instituições financeiras, o pagamento de impostos e a inadimplência.

A taxa média de juros cobrada no cheque especial atingiu 178,5%, ao ano, com alta de 0,6 ponto percentual no mês; 7 pontos percentuais no trimestre; 14,6 pontos percentuais no ano; e 18,8 pontos percentuais em doze meses. Os juros do crédito pessoal alcançaram 102% ao ano, com alta de 1,4 ponto percentual no mês; de 6,7 pontos percentuais no trimestre; de 10,2 pontos percentuais no ano; e 18,9 pontos percentuais em doze meses. Lopes disse que a alta dos juros do cheque especial decorre do aumento da demanda, já que essa modalidade de crédito está sendo utilizada como uma alternativa de complementação da renda familiar. Ele afirmou que os juros do cheque especial podem aumentar ainda mais.

No financiamento de veículos, a taxa média de juros ficou em 50,3%, ao ano, com queda de 3,2 pontos percentuais, no mês; de 3,6 pontos percentuais, no trimestre; de 5,2 pontos percentuais, no ano; e com elevação de 13,2 pontos percentuais, em doze meses.

A taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações de crédito, em abril, chegou a 58,4% ao ano. De acordo com relatório do Banco Central divulgado há pouco, o aumento no mês foi de 0,4 ponto percentual; no trimestre, de 4,2 pontos percentuais; no ano, de 7,4 pontos percentuais; e em 12 meses, de 10,2 pontos percentuais.

Para as empresas, os juros médios atingiram 39% ao ano, com elevação de 0,9 ponto percentual no mês; de 4,2 pontos percentuais no trimestre; de 8,1 pontos percentuais no ano; e de 7,4 pontos percentuais em 12 meses.

A pessoa física pagou pelos juros dos créditos, em média, 86,3%, ao ano, com queda de 1 ponto percentual no mês; e elevação de 2,7 pontos percentuais no trimestre; de 2,8 pontos percentuais no ano; e de 16,7 pontos percentuais em 12 meses.

Base monetária

A base monetária (total de dinheiro em circulação mais as reservas bancárias), pela média dos saldos diários, somou em abril R$ 67,4 bilhões, com queda de 2,8% no mês e expansão de 38,6% em 12 meses. Segundo relatório de política monetária do Banco Central, é resultado das reduções de 2% no saldo do papel-moeda emitido e de 4% na posição das reservas bancárias. Pelas posições de final de mês, o saldo da base monetária situou-se em R$ 68,2 bilhões, com elevação de 3,3% no mês e de 46% em 12 meses. O saldo do papel-moeda emitido caiu 2,2%, ficando em R$ 39 bilhões, enquanto o saldo de reservas bancárias teve incremento de 11,7%, alcançando R$ 29,2 bilhões.

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