Marina Silva (Marina Silva/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de maio de 2017 às 15h04.
São Paulo - A ex-ministra Marina Silva (Rede) afirmou, em sua página oficial do Facebook, que não há o que comemorar no Dia do Trabalhador, e que o governo de Michel Temer tenta votar uma reforma trabalhista às pressas.
"Há neste momento uma tentativa apressada do governo Temer de votar uma reforma trabalhista sem consultar os diferentes setores da sociedade, o que pode agravar ainda mais a situação difícil da vida de muitas famílias brasileiras", ressaltou ela.
Marina chamou a atenção para o número de desempregados no Brasil que, conforme ela, bateu os 14,2 milhões de desempregados e ainda classificou como "equivocadas" as decisões da política econômica do governo Dilma-Temer que, conforme ela, inverteram a tendência de queda anual na taxa de pobreza do país, iniciada desde 2004. Creditou à recessão no país o retorno à pobreza e à miséria de milhões de pessoas.
"É possível que tamanho retrocesso já tenha superado a conquista das políticas sociais dos últimos anos, de ter retirado 36 milhões de brasileiros e brasileiras da extrema pobreza. O atraso na política nos fez andar pra trás", avaliou Marina.
Ela também fez críticas ao que classificou como "uso abusivo do marketing selvagem" durante as eleições de 2014, financiado com recursos vindo da corrupção. Segundo ela, também foi praticada violência por meio de "ataques mentirosos", cujo objetivo era "esconder da sociedade a gravidade de uma crise sem precedentes na história do País".
"A fraude eleitoral golpeou fortemente o país, sobretudo a população mais pobre. Os fatos são mais fortes que a hipocrisia e o cinismo que tentam esconder essa dura realidade. Quem sofre são os milhões de brasileiros vítimas de eleições fraudadas e decisões políticas equivocadas. Compromisso com a proteção dos direitos dos trabalhadores, começa com respeito ao dinheiro público e mais democracia", concluiu Marina, em sua página no Facebook.