Economia

Mantega: BRICs serão dois terços da economia mundial

Segundo o FMI, só entre 2000 e 2008, os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China representaram quase 50% do crescimento mundial

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: Brasil deve crescer até 7% em 2010 (.)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: Brasil deve crescer até 7% em 2010 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2010 às 10h46.

Madri - Os principais países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China (os BRICs), representarão dois terços da economia mundial nos próximos cinco anos, de acordo com o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega.

"Nos próximos cinco anos, são os países emergentes, os BRICs, os que vão liderar o crescimento mundial e responder por dois terços da economia mundial, e com um crescimento de 5% a 5,5% o Brasil estará entre eles", previu o ministro em um discurso em uma conferência sobre a economia brasileira em Madri.

A previsão oficial de crescimento do Brasil em 2010 é de 5,5% a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), recordou Mantega, antes de afirmar que esta é uma estimativa "conservadora", já que alguns analistas acreditam em uma alta de 6% a 7%.

Nos outros países do BRIC, a China deve crescer 10%, a Índia 7% e a Rússia 5,5%, segundo o ministro.

"Temos todas as ferramentas para chegar ao final da década como uma das economias mais pujantes do mundo", declarou em seguida o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.


Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), os BRICs representaram entre 2000 e 2008 quase 50% do crescimento mundial. Até 2014, os quatro países devem ser responsáveis por 61% do crescimento econômico.

Para o ex-ministro espanhol da Economia Carlos Solchaga, o "Brasil é hoje um dos melhores exemplos de êxito na globalização".

"E ao Brasil do amanhã desejamos um grande êxito no mundo da 'googlelização'", completou.

"A solidez institucional e a estabilidade política do Brasil nos últimos anos fazem com que as mudanças políticas, se acontecerem, não representem mudanças inesperados para a economia", disse Solchaga, poucos meses antes da eleição que decidirá o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-ministro socialista destacou ainda "uma administração da política macroeconômica absolutamente impecável", um superávit nas contas públicas de mais de 3%, inflação moderada e a previsão de crescimento de 6% do PIB ou mais.

O presidente Lula também deve discursar na conferência nas próximas horas.


Acompanhe tudo sobre:BricsCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor