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Líderes de construção civil lucram 7 vezes mais, diz IBGE

A análise da performance das 100 maiores empresas, em termos de receitas operacionais no ano de 2000, em comparação com o total das empresas pesquisadas, comprova a clara predominância das 100 maiores em relação ao conjunto de empresas pesquisadas, segundo levantamento da Pesquisa Anual da Indústria da Construção 2000 (PAIC), lançada pelo IBGE nesta terça-feira. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

A análise da performance das 100 maiores empresas, em termos de receitas operacionais no ano de 2000, em comparação com o total das empresas pesquisadas, comprova a clara predominância das 100 maiores em relação ao conjunto de empresas pesquisadas, segundo levantamento da Pesquisa Anual da Indústria da Construção 2000 (PAIC), lançada pelo IBGE nesta terça-feira.

A especialização em obras de grande porte, em razão das competências acumuladas, faz com que o peso das construções destinadas a entidades públicas seja muito maior entre as 100 primeiras (62%) que no universo total das empresas pesquisadas (52,5%). Já entre o total de dinheiro gasto em 2000, pelas entidades públicas, com construções (R$ 17,3 bilhões), praticamente a metade se destinou às líderes (R$ 8,7 bilhões ou 50,6%).

Importantes rubricas do Balanço Patrimonial também exprimem o porte e a capacidade competitiva das 100 maiores empresas frente às restantes: detinham 49,6% do ativo total, 49,1% do ativo permanente e 59,6% do patrimônio líquido das 3.523 empresas da pesquisa. Vale acrescentar que essas empresas possuem maior capacidade de se autofinanciarem, tendo captado de terceiros 38,8% do total de R$19 bilhões de empréstimos utilizado pelo setor como um todo, para financiar a atividade de construção.

O maior destaque refere-se à participação no resultado líquido do exercício. A PAIC 2000 revela que as 100 maiores empresas geraram R$ 4,4 bilhões de lucro após o pagamento de impostos, correspondendo a 85,1% do lucro total registrado pelo setor.

A singularidade da estrutura destas empresas se revela tanto pelo número de empregados, que é, no conjunto das 100 maiores, dez vezes maior que a média total de todas as empresas (1.579 para 158), como pela média salarial, que é quase 50% superior 6,8 salários mínimos nas 100 maiores e 4,6 salários mínimos no total das construções.

Essas empresas figuravam, em 2000, com produtividade do trabalho 39,2% acima da média das empresas da PAIC e tinham um menor percentual de suas receitas comprometido com gasto de pessoal. As diferenças de preços/custos das líderes com relação às demais, revelam-se também na análise dos indicadores de rentabilidade.

A margem líquida, que reflete a capacidade dessas empresas de marcarem preços acima de todos os seus custos e despesas, mostra diferenças significativas: 30,4% contra 4,3% das demais. Estes níveis de margem líquida foram suficientes para garantir taxas de lucro líquido de 15,5% para as líderes e de 2,7% para as demais empresas. Em termos de rentabilidade sobre o patrimônio, os resultados obtidos (22,0% para as líderes e 5,7% para as restantes) reafirmam suas vantagens competitivas.

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