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Levy não descarta novos cortes para melhorar situação fiscal

O ministro da Fazenda disse que o governo não descarta mais cortes e que tomará as medidas necessárias para conduzir a política fiscal

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "o governo tem plena consciência que eventualmente mudar a meta não significa o fim do ajuste" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2015 às 17h36.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , sinalizou nesta terça-feira que o governo fará novos cortes de gastos e disse que uma eventual mudança na meta de superávit primário deste ano não representaria o fim do ajuste fiscal .

"O governo tem plena consciência que eventualmente mudar a meta não significa o fim do ajuste. Pelo contrário, significa que você tem que continuar fazendo o ajuste", afirmou o ministro a jornalistas. Nesta quarta-feira, o governo divulga o Relatório de Receitas e Despesas e poderá anunciar a redução da meta de superávit primário deste ano, de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Levy disse que o governo está analisando as informações disponíveis e que vai tomar medidas para conduzir a política econômica com "vigor e realismo".

"O relatório vai refletir a realidade. Tem que fazer um trabalhinho de contingenciamento e fazer o que tiver que fazer sem drama. Talvez tenha que cortar um pouquinho de despesas", disse.

Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters que o governo estuda novo bloqueio adicional de gasto entre 8 bilhões e 15 bilhões de reais, mas que mesmo assim o cumprimento da meta de 1,1 por cento do PIB pode não estar assegurado.

O corte adicional está sob a mesa após o governo ter anunciado contingenciamento de verbas do Orçamento de 69,9 bilhões de reais em maio. Na época, o governo chegou a estudar bloquear mais de 80 bilhões de reais do Orçamento.

"A situação não está tranquila", disse Levy.

Com a arrecadação em queda por uma economia debilitada e gastos em nível elevado, o governo enfrenta grande dificuldade em cumprir o alvo fiscal no ano. Em 12 meses encerrados em maio, o setor público registrou déficit primário de 0,68 por cento do PIB.

Na busca por melhorar o resultado primário, o ministro citou algumas fontes de receita extra apontando o projeto de regularização de ativos não declarados de brasileiros no exterior, a possibilidade de um programa de recuperação de créditos tributários e ainda a operação de abertura de capital do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).

Texto atualizado às 17h36

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Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , sinalizou nesta terça-feira que o governo fará novos cortes de gastos e disse que uma eventual mudança na meta de superávit primário deste ano não representaria o fim do ajuste fiscal .

"O governo tem plena consciência que eventualmente mudar a meta não significa o fim do ajuste. Pelo contrário, significa que você tem que continuar fazendo o ajuste", afirmou o ministro a jornalistas. Nesta quarta-feira, o governo divulga o Relatório de Receitas e Despesas e poderá anunciar a redução da meta de superávit primário deste ano, de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Levy disse que o governo está analisando as informações disponíveis e que vai tomar medidas para conduzir a política econômica com "vigor e realismo".

"O relatório vai refletir a realidade. Tem que fazer um trabalhinho de contingenciamento e fazer o que tiver que fazer sem drama. Talvez tenha que cortar um pouquinho de despesas", disse.

Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters que o governo estuda novo bloqueio adicional de gasto entre 8 bilhões e 15 bilhões de reais, mas que mesmo assim o cumprimento da meta de 1,1 por cento do PIB pode não estar assegurado.

O corte adicional está sob a mesa após o governo ter anunciado contingenciamento de verbas do Orçamento de 69,9 bilhões de reais em maio. Na época, o governo chegou a estudar bloquear mais de 80 bilhões de reais do Orçamento.

"A situação não está tranquila", disse Levy.

Com a arrecadação em queda por uma economia debilitada e gastos em nível elevado, o governo enfrenta grande dificuldade em cumprir o alvo fiscal no ano. Em 12 meses encerrados em maio, o setor público registrou déficit primário de 0,68 por cento do PIB.

Na busca por melhorar o resultado primário, o ministro citou algumas fontes de receita extra apontando o projeto de regularização de ativos não declarados de brasileiros no exterior, a possibilidade de um programa de recuperação de créditos tributários e ainda a operação de abertura de capital do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).

Texto atualizado às 17h36

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