Economia

Juros futuros recuam em ajuste a comunicado do Copom

São Paulo - Os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) dos vencimentos mais negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) encerraram o pregão de hoje com as projeções das taxas de juros em baixa, ajustando-se à mudança no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem. A autoridade monetária manteve, como esperado, a taxa […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - Os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) dos vencimentos mais negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) encerraram o pregão de hoje com as projeções das taxas de juros em baixa, ajustando-se à mudança no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem. A autoridade monetária manteve, como esperado, a taxa Selic em 8,75% ao ano, mas fez alterações substanciais no texto, que foram lidas como um sinal de que a taxa básica de juros da economia brasileira não permanecerá por muito mais tempo neste patamar. Mas não deve ser março o mês em que o ciclo de aperto se iniciará, uma vez que o texto do Copom foi econômico, sugerindo que o BC prefere aguardar um pouco mais o desenrolar do cenário e os indicadores para definir este tempo, pelo menos até a reunião seguinte. Com isso, a aposta de que o Banco Central começaria a elevar a taxa no final deste primeiro trimestre perdeu força na curva a termo dos contratos futuros em relação aos últimos dias.

A sessão foi de volume vigoroso e, ao término da negociação normal da BM&F, a projeção do DI com vencimento em janeiro de 2011 (428.775 contratos negociados) recuava a 10,34% ao ano, de 10,41% no ajuste de ontem. Entre os de curto prazo, o DI de abril de 2010 (80.705 contratos) projetava taxa de 8,685% ao ano, de 8,71% ontem, e o DI de julho de 2010 (143.170 contratos) cedia a 9,12% ao ano, de 9,18% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2012 (127.960 contratos negociados hoje) operava perto do ajuste de ontem (11,76%), a 11,75%.

"Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 8,75% ao ano, sem viés. O Comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", disse o comunicado ontem à noite. A autoridade monetária suprimiu as menções anteriores sobre a margem de ociosidade remanescente dos fatores de produção e a trajetória da inflação.

O texto assemelhou-se ao do comunicado da reunião do Copom de janeiro de 2008, quando a taxa foi mantida em 11,25% ao ano. Dois encontros depois, em abril, o colegiado iniciaria um processo de contração monetária, elevando a taxa em 0,5 ponto porcentual, para 11,75%. Tal fato sugestionou o mercado e a curva de juros precifica agora 80% de probabilidade de a Selic avançar 0,5 ponto no encontro do Copom de abril de 2010, segundo cálculo de operadores. A curva projeta 0,2 ponto de aumento da taxa em março, ante cerca de 0,25 ponto ontem.

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