Exame Logo

Juros futuros fecham perto da estabilidade

As taxas começaram o dia em baixa, com o mercado computando a aprovação da reforma trabalhista na terça à noite na CAE do Senado

Juros: o DI janeiro de 2019 (288.130 contratos) encerrou com taxa em 9,40%, de 9,395 no ajuste de terça (TimArbaev/Thinkstock/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2017 às 17h20.

São Paulo - Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 7, perto dos ajustes anteriores, num dia marcado pela volatilidade das taxas e pelo volume mais fraco de contratos negociados, em função dos eventos e indicadores esperados até o final da semana.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu sequência ao julgamento da chapa Dilma-Temer até o começo da tarde, mas o mercado segue "no escuro", ou seja, sem conseguir ler pistas, sobre qual será a decisão da corte, embora esteja cautelosamente otimista sobre uma vitória do presidente Michel Temer, que, na visão dos profissionais, é o cenário mais adequado para a evolução das reformas.

Veja também

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (204.220 contratos) ficou em 9,310%, de 9,315% no ajuste de terça.

O DI janeiro de 2019 (288.130 contratos) encerrou com taxa em 9,40%, de 9,395 no ajuste de terça. A taxa do DI janeiro de 2021 (155.620 contratos) passou de 10,45% para 10,47%.

As taxas começaram o dia em baixa, com o mercado computando a aprovação da reforma trabalhista na terça à noite na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e monitorando o julgamento que recomeçou pouco depois das 9 horas desta quarta.

No começo da tarde, houve piora de humor na medida em que entrou no radar a possibilidade de que o julgamento se estenda até sábado, mas depois as taxas voltaram, acompanhando também a perda de força de alta do dólar.

Às 16h31, o dólar à vista era negociado a R$ 3,2776 (+0,03%).

No julgamento, os ministros deram sequência à avaliação das questões preliminares apresentadas pela defesa.

O relator Herman Benjamim negou pedido para desconsiderar o conteúdo das delações da Odebrecht e do casal João Santana e Mônica Moura no processo.

A exemplo de terça, a sessão de quarta foi novamente marcada por troca de provocações entre o relator e o presidente do TSE, Gilmar Mendes.

A sessão foi encerrada às 13h30, sem que ainda tenham iniciado a leitura de votos, e será retomada na quinta-feira cedo.

De acordo com Mendes, também podem ocorrer sessões extraordinárias na sexta e no sábado, caso seja necessário, o que traz desconforto para o mercado, dado o risco de que o desfecho fique para o fim de semana.

O exterior também recomenda cautela, na medida em que o petróleo apurou perdas perto de 4% e a agenda de quinta traz eventos importantes como o depoimento do ex-diretor do FBI James Comey no Senado americano.

Em declaração escrita entregue nesta quarta ao Senado, ele diz que o presidente dos EUA, Donald Trump, lhe pediu que dissipasse a "nuvem" representada pela investigação de possível conspiração entre autoridades russas e integrantes de sua campanha para influenciar as eleições de novembro.

Ainda nesta quinta, haverá decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e eleições no Reino Unido.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffJurosMichel TemerTSE

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame