Juros futuros em queda com IGP-M abaixo do esperado
Colabora para esse cenário a queda do dólar ante o real
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 09h20.
São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sessão desta sexta-feira, 27, com leve viés de queda após o IGP-M abaixo das estimativas em dezembro e com a expectativa de bons números nas contas do governo em novembro. Colabora para esse cenário a queda do dólar ante o real.
A taxa de inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) mostrou uma importante aceleração em dezembro, com alta de 0,60%, na margem, após o avanço de 0,29% observado em novembro.
Mesmo assim, o resultado ficou abaixo da mediana das previsões dos analistas ouvidos AE Projeções, de 0,63%. Em 2013, o IGP-M acumulou alta de 5,51%, também abaixo da mediana, de 5,55%, e bem menor que o avanço de 7,82% em 2012.
"O IGP-M veio abaixo do previsto, mas não muito distante do que o mercado esperava. Não é nada que force uma queda consistente dos DIs", comenta Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil. Segundo ele, os investidores já precificam um bom resultado fiscal do governo em novembro, então seria preciso algo muito diferente das estimativas para influenciar os juros futuros.
Por volta das 9h35 a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 estava em 10,63%, exatamente no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 mostrava 12,36%, de 12,40% no ajuste anterior.
O resultado primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) em novembro será divulgado nesta sexta-feira. De acordo com pesquisa do AE Projeções, essas contas devem registrar um superávit primário expressivo em novembro, motivado principalmente por receitas atípicas como as originadas pela concessão do campo de Libra e com o Refis, segundo economistas.
As estimativas de 15 instituições do mercado pesquisadas indicam superávit de R$ 19 bilhões a R$ 32,20 bilhões, com mediana de R$ 30 bilhões.
Já o superávit primário do setor público consolidado - que além do Governo Central contabiliza ainda Estados, municípios e estatais (com exceção de Petrobras e Eletrobras) - deverá ser de R$ 20,00 bilhões a R$ 34,30 bilhões em novembro. Com base neste intervalo, que contou com 15 estimativas, a mediana encontrada ficou em R$ 31,80 bilhões. Em outubro, o superávit primário foi de R$ 6,188 bilhões, o que representou uma reversão ante o déficit de US$ 9,048 bilhões de setembro, mas o pior resultado da série histórica para o mês.
São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sessão desta sexta-feira, 27, com leve viés de queda após o IGP-M abaixo das estimativas em dezembro e com a expectativa de bons números nas contas do governo em novembro. Colabora para esse cenário a queda do dólar ante o real.
A taxa de inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) mostrou uma importante aceleração em dezembro, com alta de 0,60%, na margem, após o avanço de 0,29% observado em novembro.
Mesmo assim, o resultado ficou abaixo da mediana das previsões dos analistas ouvidos AE Projeções, de 0,63%. Em 2013, o IGP-M acumulou alta de 5,51%, também abaixo da mediana, de 5,55%, e bem menor que o avanço de 7,82% em 2012.
"O IGP-M veio abaixo do previsto, mas não muito distante do que o mercado esperava. Não é nada que force uma queda consistente dos DIs", comenta Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil. Segundo ele, os investidores já precificam um bom resultado fiscal do governo em novembro, então seria preciso algo muito diferente das estimativas para influenciar os juros futuros.
Por volta das 9h35 a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 estava em 10,63%, exatamente no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 mostrava 12,36%, de 12,40% no ajuste anterior.
O resultado primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) em novembro será divulgado nesta sexta-feira. De acordo com pesquisa do AE Projeções, essas contas devem registrar um superávit primário expressivo em novembro, motivado principalmente por receitas atípicas como as originadas pela concessão do campo de Libra e com o Refis, segundo economistas.
As estimativas de 15 instituições do mercado pesquisadas indicam superávit de R$ 19 bilhões a R$ 32,20 bilhões, com mediana de R$ 30 bilhões.
Já o superávit primário do setor público consolidado - que além do Governo Central contabiliza ainda Estados, municípios e estatais (com exceção de Petrobras e Eletrobras) - deverá ser de R$ 20,00 bilhões a R$ 34,30 bilhões em novembro. Com base neste intervalo, que contou com 15 estimativas, a mediana encontrada ficou em R$ 31,80 bilhões. Em outubro, o superávit primário foi de R$ 6,188 bilhões, o que representou uma reversão ante o déficit de US$ 9,048 bilhões de setembro, mas o pior resultado da série histórica para o mês.