O grupo não era membro da Al-Qaeda, mas foi inspirado na rede terrorista (Facundo Arrizabalaga/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 11h48.
Londres - Quatro islamitas radicais britânicos admitiram nesta quarta-feira um plano para atentar contra a Bolsa de Londres, em uma audiência realizada em um tribunal da capital britânica.
Os quatro islamitas formavam parte de um grupo de nove homens acusados em dezembro de 2010 de planejar atentados a bomba inspirados nos da rede Al-Qaeda contra vários alvos, incluindo a sede do London Stock Exchange.
Mohammed Chowdhury, de 21 anos, Shah Rahman, de 28, e os irmãos Gurukanth Desai, de 30, e Abdul Miah, de 25, se declararam culpados de planejar a colocação de um artefato explosivo caseiro nos banheiros do edifício.
Os outros cinco, também de nacionalidade britânica, admitiram acusações como participar de reuniões ou posse de objetos com fins terroristas.
A conspiração foi abortada antes que fossem fixadas as datas dos supostos atentados.
O grupo não era membro da Al-Qaeda, mas foi inspirado na rede terrorista e, em particular, no ex-líder de seu braço iemenita, o clérigo nascido nos Estados Unidos Anwar al Awlaki, morto no ano passado em um ataque americano, explicou o promotor, Andrew Edis.
Segundo a acusação, pretendiam enviar pacotes-bomba a vários alvos antes das festas de Natal de 2010 e discutiram também a possibilidade de um atentado ao "estilo Mumbai", onde, em 2008, um comando de 10 homens armados deixou 166 mortos em ações coordenadas em vários pontos da cidade.
A polícia encontrou na casa de um dos detidos uma lista de possíveis alvos, na qual figuravam o prefeito Boris Johnson, dois rabinos, a embaixada dos Estados Unidos e a Bolsa.
Os nove homens devem receber sua sentença a partir de segunda-feira.