IPV registra alta de 1,19% em maio, puxado pelo vestuário

O Índice de Preços no Varejo (IPV), apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), encerrou maio com alta de 1,19% em relação a abril. No mês retrasado, o indicador foi negativo (-0,27%). O frio fora de época pegou os comerciantes com estoques baixos. O resultado é que o setor de vestuário reajustou em 5,73% seus preços e tornou-se o principal responsável pelo aumento do IPV no mês passado. No ano, o IPV acumula alta de 3,74% e, nos últimos 12 meses encerrados em maio, o aumento foi de 5,51%.

Puxado pelo vestuário, o grupo de bens semiduráveis subiu 2,90%. A alta só não foi maior porque os dois outros itens que compõem o grupo, tecidos e calçados, apresentaram quedas de preços de 1,08% e 3,39%, respectivamente. Os bens não duráveis (alimentos, higiene, limpeza e farmacêuticos) ficaram 1,20% mais caros em maio, liderados pelos remédios, com alta de 8,33%.

No grupo de comércio automotivo (veículos novos e autopeças), o reajuste de maio foi de 1,96%, pressionado pelo aumento de 7,47% das autopeças. Por último, o grupo de materiais de construção apresentou alta de 1,96% no mês. Esse grupo lidera o aumento acumulado no ano e nos últimos 12 meses, com índices de 11,69% e 19%, respectivamente.

Expectativas

A Fecomercio avalia que, em junho, os preços de vestuário continuarão em alta, devido à intensidade do inverno e aos baixos estoques dos lojistas. Espera-se também aumento dos alimentos, a fim de cobrir as perdas causadas, nas plantações, pelas baixas temperaturas. A entidade espera ainda desaceleração dos produtos farmacêuticos, com a redução do repasse dos aumentos no atacado.

O IPV é elaborado pela Fecomercio desde 1992 e acompanha a variação de preços de cerca de 150 produtos na Região Metropolitana de São Paulo. São pesquisados 12 segmentos do comércio varejista e coletados, mensalmente, cerca de 8 mil preços.