Economia

Investimento em trens na China pode absorver excesso de aço

Jornal disse que o departamento de ferrovias completou apenas um terço de investimento planejado no 1º semestre, o que dá espaço para ritmo mais forte no 2º

Trem de alta velocidade na China: investimento poderá incluir o túnel submarino mais comprido do mundo, ligando as regiões leste e nordeste da China e orçado em 260 bilhões de iuans (Bloomberg)

Trem de alta velocidade na China: investimento poderá incluir o túnel submarino mais comprido do mundo, ligando as regiões leste e nordeste da China e orçado em 260 bilhões de iuans (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 08h33.

Xangai - A China poderá usar investimentos em ferrovias de alta velocidade para ajudar a digerir o excesso de capacidade produtiva do país em aço, cimento e outros materiais de construção, publicou o Shanghai Securities News nesta terça-feira, citando fontes próximas do governo.

"Conversas sobre uso da expansão ferroviária para absorver excesso parecem ter algum fundamento", publicou o jornal.

"Autoridades ferroviárias na Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento estão estudando planos, mas nenhuma conclusão final foi tomada", acrescentou o veículo.

O jornal afirmou que o departamento de ferrovias completou apenas um terço de seu investimento planejado no primeiro semestre deste ano, o que daria espaço para um ritmo mais forte de investimentos no segundo semestre.

O investimento poderá incluir o túnel submarino mais comprido do mundo, no estreito de Bohai, ligando as regiões leste e nordeste da China e orçado em 260 bilhões de iuans (42 bilhões de dólares), publicou o jornal.

Investidores em ações na China frequentemente reagem a indicações críveis de que mais investimento em infraestrutura está sendo planejado, o que é considerado como impulso às receitas de fabricantes de aço e cimento do país, entre outras empresas.

Entretanto, autoridades chinesas e economistas alertam que outra rodada de investimento poderá agravar bolhas atuais de ativos e inflação de preços gerada pela última onda de grandes dispêndios lançada por Pequim para compensar o impacto da crise financeira global.

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