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Inflação em SP quase dobra em outubro, segundo Dieese

Nos últimos 12 meses terminados em outubro, a inflação dos paulistanos acumula alta de 6,43%, e nos primeiros dez meses de 2012, de 5,36%

Inflação: o grupo Alimentação teve um aumento de 1,95% e contribuiu sozinho com 0,59 ponto porcentual do ICV no período em análise (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 12h22.

São Paulo - Os preços de Alimentação exerceram a maior pressão sobre os gastos dos consumidores da capital paulista em outubro, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ). Segundo a instituição, o Índice do Custo de Vida (ICV) ficou quase duas vezes maior no mês passado ante o anterior, ao passar de 0,42% para 0,81% entre setembro e outubro.

Nos últimos 12 meses terminados em outubro, a inflação dos paulistanos acumula alta de 6,43%, e nos primeiros dez meses de 2012, de 5,36%. A taxa está bem acima do centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%.

A aceleração do ICV em outubro foi impulsionada, conforme o Dieese, pela inflação de Alimentação (1,95%), Habitação (0,65%) e Saúde (0,45%), que contribuíram conjuntamente com 0,80 ponto porcentual para a inflação de 0,81%.

O grupo Alimentação teve um aumento de 1,95% e contribuiu sozinho com 0,59 ponto porcentual do ICV no período em análise. O movimento, segundo o Dieese, foi espalhado, ocorrendo nos subgrupos in natura e semielaborados (2,25%), produtos da indústria alimentícia (2,05%) e alimentação fora do domicílio (1,15%).


Os alimentos in natura continuaram na lista das maiores elevações nos gastos dos paulistanos, com destaque para Grãos (7,85%), Raízes e Tubérculos (3,82%), Carnes (3,38%), Aves e Ovos (2,82%). Por outro lado, o destaque de queda foram Legumes (-5,43%) e Hortaliças (-7,08%).

Além da influência de preços mais altos dos alimentos, as despesas dos consumidores de São Paulo com Saúde (0,45%) e Habitação (0,65%) impediram um ICV menor.

No caso deste último grupo, de acordo com o Dieese, foram apurados aumentos em locação, impostos e condomínio (0,33%), "devido principalmente, à taxa no condomínio (1,19%) e operação do domicílio (0,97%), com forte influência da alta na tarifa de água e esgoto (2,50%), que reajustada a partir da segundo quinzena de setembro ainda teve impacto na inflação de outubro".

Já no grupo Saúde, os técnicos da instituição explicaram que a inflação desse conjunto de preços foi puxada pela valorização em assistência médica, de 0,55%, devido principalmente aos aumentos nos seguros e convênios médicos (0,60%), exames laboratoriais (0,59%) e consultas médicas (0,33%).

Entre os demais grupos pesquisados pelo Dieese em outubro, também ficaram no campo positivo Despesas Diversas (0,67%), Despesas Pessoais (0,59%), Equipamentos Domésticos (0,46%), Educação e Leitura (0,04%), Vestuário (0,07%).

Na contramão, a instituição constatou deflação em Recreação (-0,23%) e Transporte (-0,18%).

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São Paulo - Os preços de Alimentação exerceram a maior pressão sobre os gastos dos consumidores da capital paulista em outubro, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ). Segundo a instituição, o Índice do Custo de Vida (ICV) ficou quase duas vezes maior no mês passado ante o anterior, ao passar de 0,42% para 0,81% entre setembro e outubro.

Nos últimos 12 meses terminados em outubro, a inflação dos paulistanos acumula alta de 6,43%, e nos primeiros dez meses de 2012, de 5,36%. A taxa está bem acima do centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%.

A aceleração do ICV em outubro foi impulsionada, conforme o Dieese, pela inflação de Alimentação (1,95%), Habitação (0,65%) e Saúde (0,45%), que contribuíram conjuntamente com 0,80 ponto porcentual para a inflação de 0,81%.

O grupo Alimentação teve um aumento de 1,95% e contribuiu sozinho com 0,59 ponto porcentual do ICV no período em análise. O movimento, segundo o Dieese, foi espalhado, ocorrendo nos subgrupos in natura e semielaborados (2,25%), produtos da indústria alimentícia (2,05%) e alimentação fora do domicílio (1,15%).


Os alimentos in natura continuaram na lista das maiores elevações nos gastos dos paulistanos, com destaque para Grãos (7,85%), Raízes e Tubérculos (3,82%), Carnes (3,38%), Aves e Ovos (2,82%). Por outro lado, o destaque de queda foram Legumes (-5,43%) e Hortaliças (-7,08%).

Além da influência de preços mais altos dos alimentos, as despesas dos consumidores de São Paulo com Saúde (0,45%) e Habitação (0,65%) impediram um ICV menor.

No caso deste último grupo, de acordo com o Dieese, foram apurados aumentos em locação, impostos e condomínio (0,33%), "devido principalmente, à taxa no condomínio (1,19%) e operação do domicílio (0,97%), com forte influência da alta na tarifa de água e esgoto (2,50%), que reajustada a partir da segundo quinzena de setembro ainda teve impacto na inflação de outubro".

Já no grupo Saúde, os técnicos da instituição explicaram que a inflação desse conjunto de preços foi puxada pela valorização em assistência médica, de 0,55%, devido principalmente aos aumentos nos seguros e convênios médicos (0,60%), exames laboratoriais (0,59%) e consultas médicas (0,33%).

Entre os demais grupos pesquisados pelo Dieese em outubro, também ficaram no campo positivo Despesas Diversas (0,67%), Despesas Pessoais (0,59%), Equipamentos Domésticos (0,46%), Educação e Leitura (0,04%), Vestuário (0,07%).

Na contramão, a instituição constatou deflação em Recreação (-0,23%) e Transporte (-0,18%).

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