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Inflação e rolagem mudam comportamento do mercado

o Ibovespa encerrou aos 9.720 pontos e o volume de negócios somou 493,046 milhões de reais. O valor ficou abaixo da média diária do ano, que é de 558 milhões. Câmbio e bolsa mudaram seus comportamentos devido à alta da inflação. Os índices recém divulgados, especialmente o IPC, que orienta o Banco Central em sua […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

o Ibovespa encerrou aos 9.720 pontos e o volume de negócios somou 493,046 milhões de reais. O valor ficou abaixo da média diária do ano, que é de 558 milhões.

Câmbio e bolsa mudaram seus comportamentos devido à alta da inflação. Os índices recém divulgados, especialmente o IPC, que orienta o Banco Central em sua política monetária, provocaram expectativas negativas em relação à taxa de juros. Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para decidir o valor da Selic. Com a inflação neste patamar, alguns analistas começam a falar que é possível que haja um aumento considerável de até três pontos percentuais nos juros anuais. E a mais remota expectativa de um choque de juros é o suficiente para tirar o humor do investidor.

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Apesar de considerarem que ainda é cedo para analisar qualquer movimento do Copom, os analistas do Lloyds TSB acreditam que uma eventual elevação dos juros seria uma medida tecnicamente coerente com a política monetária atual. A provável superação do teto da meta de inflação revisada para este ano (9,0%) e para 2003 (7,5%), combinada com a visita do FMI ao país, abre espaço para o mercado especular sobre uma nova alta dos juros básicos na próxima reunião do Copom , diz o Lloyds TSB em seu relatório semanal. De toda forma, tal iniciativa, se necessária, seria encarada como uma prova de credibilidade na condução da política monetária, apesar do período de transição governamental. Além disso, seria tecnicamente correta à luz da meta inflacionária estabelecida , mas ainda é cedo para assegurar tal movimento.

O IPC, índice utilizado como parâmetro de inflação para o BC, foi a 1,31% em outubro (contra 0,72% em setembro). Os preços livres responderam por 0,97% da variação de

outubro, contra 0,34% dos preços administrados pelo governo. Os preços livres seguem em

trajetória ascendente diante do repasse cambial, que não está restrito apenas ao item

alimentos. Já os administrados também representaram uma parcela expressiva da alta, em resposta ao reajuste da tarifa de ônibus e táxi no Rio de Janeiro e das passagens aéreas.

A perspectiva para o IPCA segue negativa por conta do reajuste de combustíveis e dos remédios, que pode responder por uma variação de 0,9% em novembro. O IPCA acumulado até outubro já atingiu 6,98%, sendo que o núcleo de inflação consolidado no ano indica 9,77%. De acordo com o Lloyds, é muito provável que o teto revisado da meta de 9% seja ultrapassado e não se pode descartar a hipótese da inflação atingir dois dígitos já em 2002.

Rolagem

A oferta de contratos cambiais para rolagem da dívida que vence amanhã teve pouca demanda entre os investidores. O BC alongou até agora 58,5% do vencimento de quase 1,9 bilhão de dólares que será ajustado de acordo com a Ptax (mediana do dólar de acordo com o volume) de hoje.

O BC ainda não anunciou nova operação para hoje - o que leva a crer que o restante do montante deve ser liquidado.

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