Economia

Inflação de serviços sobe para 1,24% no IPCA, diz IBGE

O ritmo de aumento nos preços passou de 0,47% para 1,24%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 15h48.

Rio - A inflação de serviços voltou a acelerar na passagem de janeiro para fevereiro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O ritmo de aumento nos preços passou de 0,47% para 1,24%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, o IPCA avançou de 0,55% para 0,69%.

"Os serviços continuam aumentando além da inflação. É o caso dos alimentos consumidos fora do domicílio, consumidos no restaurante, lanchonete, café da manhã, que vêm aumentando mês a mês", apontou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

O componente serviço foi determinante para acelerar a alta nos preços da alimentação fora do domicílio, segundo Eulina. O item passou de aumento de 0,73% em janeiro para elevação de 1,21% em fevereiro.

Também pressionaram a taxa em fevereiro os aumentos em aluguel residencial (1,20%), condomínio (0,80%), mudança (3,82%), mão de obra (0,99%), consertos e manutenção (1,37%), transporte escolar (4,29%) e seguro voluntário de veículo (0,72%), entre outros. Nos últimos 12 meses, a inflação de serviços acumula uma alta de 8,20%, enquanto o IPCA ficou em 5,68%.

IBGE: inflação de bens e serviços monitorados tem alta de 0,40% no IPCA de fevereiro -

Monitorados

A inflação dos bens e serviços monitorados pelo governo segue contribuindo para conter o ritmo de alta do IPCA. Essa taxa passou de 0,38% em janeiro para 0,40% em fevereiro, bem abaixo do resultado do IPCA no período, que passou de 0,55% para 0,69%, informou o IBGE. A inflação dos bens e serviços monitorados acumula uma alta de 3,72% em 12 meses, contra uma elevação de 5,68% no IPCA acumulado no mesmo período.

Em fevereiro, ficaram mais caros a taxa de água e esgoto (0,37%), gás de botijão (0,16%), energia elétrica residencial (0,63%), ônibus urbano (1,29%), táxi (0,21%), ônibus intermunicipal (0,53%), emplacamento e licenças (0,27%), pedágio (0,06%), gasolina (0,04%), óleo diesel (0,59%), produtos farmacêuticos (0,19%) e plano de saúde (0,72%).

Para março, são esperadas pressões de reajustes da água e esgoto no Recife, com alta de 8,75% a partir de 20 de março, em Brasília (aumento de 7,39% em 1º de março) e em Curitiba (encarecimento de 6,40% a partir de 23 de março). Também é esperado um impacto do reajuste de 7% do gás encanado em Curitiba, em vigor desde o último dia 3.

O IPCA de março também deve absorver parte do reajuste de 9% na tarifa de ônibus municipal no Rio de Janeiro, em vigor desde 8 de fevereiro. Na direção oposta, deve aliviar a inflação a tarifa de telefone fixo, que terá redução média de 13% nas ligações de fixo para móvel, apontou Eulina.

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