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Industrialização da Bolívia envolve energia e petróleo

Brasília - O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, em La Paz, fizeram uma série de reuniões envolvendo a análise e a negociação de acordos bilaterais que podem ajudar na industrialização boliviana. De acordo com a Agência Boliviana de Informação, Marco Aurélio Garcia e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, em La Paz, fizeram uma série de reuniões envolvendo a análise e a negociação de acordos bilaterais que podem ajudar na industrialização boliviana.

De acordo com a Agência Boliviana de Informação, Marco Aurélio Garcia e Álvaro Linera discutiram um projeto conjunto, que teria a participação da Eletrobras, na exportação da energia elétrica excedente produzida pela Bolívia. Durante as reuniões, que terminaram ontem (8), voltou a ser discutida antiga proposta da empresa brasileira Brasquem sobre a construção de um polo petroquímico na Bolívia para industrialização do gás natural produzido pelo etanol. Uma nova rodada de negociações sobre este assunto está marcada para o próximo mês de maio.

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Outro projeto é o financiamento brasileiro para a construção de rodovias que fariam a conexão entre o Brasil, a Bolívia e o Chile, permitindo o transporte de cargas entre os três países. O governo boliviano também quer aviões e financiamento brasileiros para oferecer nova estrutura à empresa aérea estadual Boliviana de Aviación, que engloba quase 50% do transporte de passageiros nacionais. Nas próximas semanas, a empresa deverá iniciar voos internacionais.

O governo boliviano expôs a Marco Aurélio Garcia um plano para a criação de mecanismos de controle aéreo que possam ampliar a repressão ao narcotráfico. O plano envolve mais aviões e radares.

De acordo com o assessor especial da Presidência da República, o governo brasileiro tem interesse no avanço do processo de industrialização da Bolívia - único país da América do Sul que tem superávit comercial com o Brasil.

Na avaliação de Marco Aurélio, uma relação puramente comercial entre o conjunto de países da região poderia aprofundar essas assimetrias. "Nas conversas que tivemos aqui sentimos grande disposição do governo boliviano em acelerar seu desenvolvimento industrial. Por isso, discutimos os projetos que possam contribuir nesse sentido."

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