Economia

Indústria e inflação da França vêm abaixo do esperado

Inflação caiu à mínima desde a crise financeira de 2009, em novos sinais de que a recuperação está se mostrando difícil para o país


	Indústria: rodução industrial contraiu 1,7 por cento em maio sobre abril, bem abaixo da expectativa
 (Oliver Bunic-Bloomberg)

Indústria: rodução industrial contraiu 1,7 por cento em maio sobre abril, bem abaixo da expectativa (Oliver Bunic-Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 14h30.

Paris - A produção industrial francesa recuou inesperadamente em maio e a inflação caiu à mínima desde a crise financeira de 2009, em novos sinais de que a recuperação está se mostrando difícil para a segunda maior economia da zona do euro.

A agência nacional de estatísticas do país, INSEE, informou que a produção industrial contraiu 1,7 por cento em maio sobre abril, bem abaixo da expectativa de economistas de alta de 0,2 por cento.

O resultado soma-se a crescentes sinais de fraqueza em países do centro da zona do euro, após o número de novas encomendas industriais e do comércio da Alemanha ficarem aquém das expectativas.

A economia francesa está enfrentando dificuldades para ganhar fôlego após estagnar nos primeiros três meses do ano. O banco central da França estimou na terça-feira que o crescimento ficará em apenas 0,2 por cento no segundo trimestre, mas mesmo essa cifra pode ser exagerada, considerando os indicadores econômicos fracos.

Com a atividade fraca, há pouca pressão sobre os preços ao consumidor, que subiram apenas 0,6 por cento em junho na base anual, abaixo da estimativa de economistas de 0,8 por cento. Foi o nível mais baixo desde novembro de 2009, quando a França emergiu de um breve surto de deflação durante a crise financeira.

Combinados com os números fracos sobre a confiança empresarial, os dados desta quinta-feira indicam que a recuperação tem dificuldades para criar raízes mesmo após o governo prometer desonerar 30 bilhões de euros (40,9 bilhões de dólares) da folha de pagamento de empresas ao longo dos próximos três anos para estimular o crescimento.

O primeiro semestre fraco levanta a possibilidade de que a economia não cresça os 1,0 por cento previstos pelo governo, ameaçando as metas de redução de déficits acertadas com a União Europeia.

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