Indústria de defensivos projeta queda nas vendas
O setor de defensivos agrícolas se prepara para um segundo semestre de vendas reduzidas, mesmo em meio ao plantio de uma safra de grãos recorde
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2015 às 17h34.
São Paulo - O setor de defensivos agrícolas se prepara para um segundo semestre de vendas reduzidas, mesmo em meio ao plantio de uma safra de grãos recorde, devido a efeitos da alta do dólar e de estoques acumulados pelos produtores rurais.
"Como teve infestação (de pragas) mais baixa que o esperado na última safra, os agricultores estão estocados, principalmente de herbicidas e inseticidas. Isso deve refletir em baixa nas vendas", disse à Reuters a vice-presidente-executiva do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Silvia Fagnani.
Ao contrário de sementes e fertilizantes, cujas compras e entregas precisam ser praticamente finalizadas antes do plantio, a demanda por produtos como herbicidas, inseticidas e fungicidas flutua ao longo da safra, de acordo com a ocorrência de pragas e doenças nas lavouras.
O faturamento com as vendas de defensivos entre janeiro e junho ficaram em 2,7 bilhões de dólares, 25 por cento abaixo do mesmo período de 2014, segundo estatísticas recentes do Sindiveg.
"Essa tendência deve se confirmar também no segundo semestre", disse a executiva.
O Brasil começa a plantar em meados deste mês a safra de soja 2015/16, que segundo consultorias deverá ter uma leve elevação de área.
Da queda registrada no primeiro semestre, segundo o sindicato, 15 pontos percentuais aproximadamente foram decorrentes da alta do dólar, que encarece os produtos. Boa parte das matérias-primas usadas na formulação são importadas. O dólar acumula alta de mais de 60 por cento ante o real nos últimos 12 meses.
As empresas do setor têm tentado manter os preços em reais repassados às revendas e agricultores, o que ajuda a diminuir o faturamento em dólares, disse o Sindiveg. "O grande impacto é porque a gente não está repassando a taxa do dólar. Até o fim do ano isso deve ser mantido", projetou a executiva.
Entraves na liberação de crédito nos bancos, que respondem por parte do custeio dos insumos, também preocupam a indústria de defensivos.
"A gente tem verificado problema na liberação do crédito. Isso vai refletir nas vendas para a safra", disse Silvia, que preferiu não projetar uma taxa recuo na comercialização no segundo semestre.
São Paulo - O setor de defensivos agrícolas se prepara para um segundo semestre de vendas reduzidas, mesmo em meio ao plantio de uma safra de grãos recorde, devido a efeitos da alta do dólar e de estoques acumulados pelos produtores rurais.
"Como teve infestação (de pragas) mais baixa que o esperado na última safra, os agricultores estão estocados, principalmente de herbicidas e inseticidas. Isso deve refletir em baixa nas vendas", disse à Reuters a vice-presidente-executiva do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Silvia Fagnani.
Ao contrário de sementes e fertilizantes, cujas compras e entregas precisam ser praticamente finalizadas antes do plantio, a demanda por produtos como herbicidas, inseticidas e fungicidas flutua ao longo da safra, de acordo com a ocorrência de pragas e doenças nas lavouras.
O faturamento com as vendas de defensivos entre janeiro e junho ficaram em 2,7 bilhões de dólares, 25 por cento abaixo do mesmo período de 2014, segundo estatísticas recentes do Sindiveg.
"Essa tendência deve se confirmar também no segundo semestre", disse a executiva.
O Brasil começa a plantar em meados deste mês a safra de soja 2015/16, que segundo consultorias deverá ter uma leve elevação de área.
Da queda registrada no primeiro semestre, segundo o sindicato, 15 pontos percentuais aproximadamente foram decorrentes da alta do dólar, que encarece os produtos. Boa parte das matérias-primas usadas na formulação são importadas. O dólar acumula alta de mais de 60 por cento ante o real nos últimos 12 meses.
As empresas do setor têm tentado manter os preços em reais repassados às revendas e agricultores, o que ajuda a diminuir o faturamento em dólares, disse o Sindiveg. "O grande impacto é porque a gente não está repassando a taxa do dólar. Até o fim do ano isso deve ser mantido", projetou a executiva.
Entraves na liberação de crédito nos bancos, que respondem por parte do custeio dos insumos, também preocupam a indústria de defensivos.
"A gente tem verificado problema na liberação do crédito. Isso vai refletir nas vendas para a safra", disse Silvia, que preferiu não projetar uma taxa recuo na comercialização no segundo semestre.