A produção industrial cresceu em 13 dos 14 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro semestre. O Rio de Janeiro foi a única exceção: o estado registrou expansão nula no período, contra a média nacional de 7,7%. Apesar do fraco desempenho acumulado em seis meses, a economia fluminense também está acelerando, como em outras regiões do país. No primeiro trimestre, o estado viu sua produção industrial cair 0,2%. Entre abril e junho, houve reação e o indicador cresceu também 0,2%.

Na média brasileira, a indústria avançou 6% de janeiro a março e 9,3% na segunda metade do semestre. O Paraná foi o único dos 14 estados da amostra cuja produção não se aqueceu na mesma comparação. No primeiro trimestre, os paranaenses produziram 8,7% mais, ritmo que baixou para 2,7% de abril a junho. Segundo o IBGE, o Paraná foi prejudicado pela paralisação de plantas de refino de petróleo que passam por ampliação da capacidade produtiva.

Na outra ponta, Santa Catarina foi o estado cuja produção mais acelerou. Nos três primeiros meses do ano, a indústria catarinense aumentou 3,2%. No período seguinte, a taxa de crescimento bateu em 14%, graças ao incremento da indústria automobilística.

São Paulo

No estado que possui o maior parque industrial do país, a atividade também apresentou aquecimento. No segundo trimestre, a produção paulista cresceu 13,4%, contra os 7,7% com que encerrou março. Na média do primeiro semestre, a indústria do estado avançou 10,6%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, a taxa foi de 5%.

Somente em junho, a economia paulista avançou 17,7% sobre igual mês do ano passado. Conforme o IBGE, a porcentagem reflete a expansão de 18 dos 20 setores industriais pesquisados. A produção de veículos, por exemplo, subiu 43,2% no mês, e a de material eletrônico e de equipamentos de comunicação, 84,7%. Em contrapartida, os dois setores que recuaram em junho foram o farmacêutico (-14,6%) e o de bebidas (-10,2%).

No acumulado do ano, os destaques do crescimento paulista são as indústrias de materiais eletrônicos e de comunicação (32,6%), automotiva (31%) e máquinas e equipamentos (17,7%). Na outra ponta, os setores farmacêutico (-15,1%), de edição e impressão (-2%) e de bebidas (-1,3%) são os que recuaram no mesmo período.