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Índice de clima econômico na América Latina sobe 2,9%

O clima econômico do Brasil melhorou 6,8% no período, ao passar de 44 para 47 pontos

Brasil: o clima econômico do país melhorou 6,8% no período, ao passar de 44 para 47 pontos (Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2016 às 08h08.

Rio - O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina subiu 2,9% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, em comparação aos três meses até outubro de 2015, para 72 pontos, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo. Antes, o índice trimestral estava nos 70 pontos.

A leve melhora foi motivada por avanços tanto na percepção sobre o momento corrente quanto sobre o futuro. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu de 58 para 60 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou de 82 para 84 pontos.

"Ambos, no entanto, continuam na zona desfavorável do ciclo, característica de períodos de recessão", diz a FGV, em nota.

Diante do quadro, a melhora no ICE deve ser analisada com cautela, acrescentou a instituição.

"Todos os países selecionados para análise da América Latina registraram melhora no clima econômico, com exceção de Chile e México. No Chile, o resultado confirma os prognósticos de baixo crescimento para o país, que é dependente do preço do cobre. No México, a queda do preço do petróleo, com impacto negativo sobre as receitas fiscais, e a expectativa de aumento na taxa de juros nos Estados Unidos levaram a uma piora nas expectativas."

Nos três meses até janeiro, o ICE completou 11 trimestres abaixo de sua média histórica. Além disso, apenas dois dos 11 países investigados na América Latina estão em nível favorável (acima de 100 pontos): Paraguai e Argentina .

No caso da Argentina, houve sensível melhora no indicador de clima econômico, que saltou de 72 pontos no trimestre até outubro para 109 pontos entre novembro e janeiro, uma alta de 51,4% no período. O empresário Mauricio Macri assumiu o posto de novo presidente argentino no final do ano passado.

"Nesse caso, a Argentina sobressai, com o avanço do IE de 94 para 166 pontos entre outubro e janeiro. Os especialistas, portanto, aprovaram as medidas inicias do novo governo e revelaram grande otimismo com o futuro cenário da economia argentina. O IE do Uruguai, embora na zona desfavorável, avançou em 86%, um reflexo do resultado argentino."

O clima econômico do Brasil, por sua vez, melhorou 6,8% no período, ao passar de 44 para 47 pontos. Parte dessa alta pode ser também efeito argentino, segundo a FGV.

"A Argentina é o terceiro principal mercado de exportação dos produtos brasileiros e o segundo para manufaturas. A desvalorização da moeda brasileira, junto com o anúncio de eliminação das barreiras protecionistas na Argentina, pode ter sido um dos fatores que influenciaram a melhora das expectativas."

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região.

Para a edição até janeiro de 2016, foram consultados 1.085 especialistas em 120 países. Na América Latina, foram 127 analistas ouvidos.

A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.

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Rio - O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina subiu 2,9% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, em comparação aos três meses até outubro de 2015, para 72 pontos, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo. Antes, o índice trimestral estava nos 70 pontos.

A leve melhora foi motivada por avanços tanto na percepção sobre o momento corrente quanto sobre o futuro. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu de 58 para 60 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou de 82 para 84 pontos.

"Ambos, no entanto, continuam na zona desfavorável do ciclo, característica de períodos de recessão", diz a FGV, em nota.

Diante do quadro, a melhora no ICE deve ser analisada com cautela, acrescentou a instituição.

"Todos os países selecionados para análise da América Latina registraram melhora no clima econômico, com exceção de Chile e México. No Chile, o resultado confirma os prognósticos de baixo crescimento para o país, que é dependente do preço do cobre. No México, a queda do preço do petróleo, com impacto negativo sobre as receitas fiscais, e a expectativa de aumento na taxa de juros nos Estados Unidos levaram a uma piora nas expectativas."

Nos três meses até janeiro, o ICE completou 11 trimestres abaixo de sua média histórica. Além disso, apenas dois dos 11 países investigados na América Latina estão em nível favorável (acima de 100 pontos): Paraguai e Argentina .

No caso da Argentina, houve sensível melhora no indicador de clima econômico, que saltou de 72 pontos no trimestre até outubro para 109 pontos entre novembro e janeiro, uma alta de 51,4% no período. O empresário Mauricio Macri assumiu o posto de novo presidente argentino no final do ano passado.

"Nesse caso, a Argentina sobressai, com o avanço do IE de 94 para 166 pontos entre outubro e janeiro. Os especialistas, portanto, aprovaram as medidas inicias do novo governo e revelaram grande otimismo com o futuro cenário da economia argentina. O IE do Uruguai, embora na zona desfavorável, avançou em 86%, um reflexo do resultado argentino."

O clima econômico do Brasil, por sua vez, melhorou 6,8% no período, ao passar de 44 para 47 pontos. Parte dessa alta pode ser também efeito argentino, segundo a FGV.

"A Argentina é o terceiro principal mercado de exportação dos produtos brasileiros e o segundo para manufaturas. A desvalorização da moeda brasileira, junto com o anúncio de eliminação das barreiras protecionistas na Argentina, pode ter sido um dos fatores que influenciaram a melhora das expectativas."

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região.

Para a edição até janeiro de 2016, foram consultados 1.085 especialistas em 120 países. Na América Latina, foram 127 analistas ouvidos.

A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.

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