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Indicado para o BC japonês promete ação rápida para economia

Haruhiko Kuroda prometeu agir rapidamente para implementar um novo estímulo monetário para alavancar o país

Indicado do governo japonês para a presidência do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, durante audiências na câmara baixa do Parlamento, em Tóquio (Issei Kato/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 10h49.

Tóquio - O nome escolhido pelo governo japonês para conduzir o banco central do país, Haruhiko Kuroda, prometeu nesta segunda-feira agir rapidamente para implementar um novo estímulo monetário para alavancar a economia, em um dia que mostrou inesperada queda em uma medida de investimento em capitais.

Entretanto, a declaração de Kuroda de que "a rapidez é importante" pareceu sofrer resistência do membro da diretoria do BC japonês Koji Ishida, que em comentários separados expressou cautela em relação à tomada de passos não ortodoxos muito rapidamente.

A divergência de opiniões evidencia que, embora a diretoria de nove membros concorde em geral com a necessidade de mais estímulos, há visões diferentes sobre a melhor maneira de reviver uma economia que luta por um crescimento consistente há anos.

"Eu quero debater os passos de política com o comitê de política monetária e implementá-los o mais rápido possível," disse Kuroda para parlamentares em uma audição de confirmação de um dia do Senado.

Ele disse que fará tudo o que for preciso para atingir a meta de inflação do Banco do Japão de 2 por cento. A economia raramente viu este nível de inflação desde meados dos anos 1990.

Espera-se que Kuroda seja aprovado pelo Parlamento nesta semana, porque os partidos de oposição, cujo apoio é necessário no Senado, indicaram que irão apoiá-lo.

Partidários da política mais agressiva defendida pelo primeiro-ministro Shinzo Abe podem apontar para uma queda de 13,1 por cento no núcleo das encomendas de máquinas em janeiro ante dezembro como um sinal da necessidade de ação imediata.


Analistas e representantes do governo sugeriram que os números muitos mais fracos do que o esperado divulgados nesta segunda-feira eram um sinal em uma série de dados tipicamente mais variável, mas eles realmente mostram que as empresas permaneceram cautelosas com os planos de gastos. Os analistas esperavam uma queda de apenas 2 por cento.

O Japão esteve em deflação na maior parte das duas últimas décadas e os números da semana passada mostraram que a economia saiu de sua quarta recessão desde 2000 no último trimestre de 2012.

Crítico em relação às medidas de afrouxamento do BC japonês sob o presidente Masaaki Shirakawa, Abe nomeou Kuroda no mês passado para substituí-lo.

Kuroda tem defendido ações mais audaciosas e ligeiras, como a compra de ativos de risco e prazos mais longos para a dívida governamental, pontos que ele repetiu para o Senado.

"Nós estamos em um ambiente onde há espaço limitado para diminuir mais as taxas de juros," afirmou Kuroda. "Este é o motivo porque é importante tentar influenciar as expectativas do mercado."

Se aprovado pelo Parlamento, Kuroda deixará o cargo de presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático e assumir o BC japonês quando o mandato de Shirakawa terminar em 19 de março. A próxima reunião de política do Banco do Japão está marcada para os dias 3 e 4 de abril e os mercados financeiros aguardam novidades.

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Tóquio - O nome escolhido pelo governo japonês para conduzir o banco central do país, Haruhiko Kuroda, prometeu nesta segunda-feira agir rapidamente para implementar um novo estímulo monetário para alavancar a economia, em um dia que mostrou inesperada queda em uma medida de investimento em capitais.

Entretanto, a declaração de Kuroda de que "a rapidez é importante" pareceu sofrer resistência do membro da diretoria do BC japonês Koji Ishida, que em comentários separados expressou cautela em relação à tomada de passos não ortodoxos muito rapidamente.

A divergência de opiniões evidencia que, embora a diretoria de nove membros concorde em geral com a necessidade de mais estímulos, há visões diferentes sobre a melhor maneira de reviver uma economia que luta por um crescimento consistente há anos.

"Eu quero debater os passos de política com o comitê de política monetária e implementá-los o mais rápido possível," disse Kuroda para parlamentares em uma audição de confirmação de um dia do Senado.

Ele disse que fará tudo o que for preciso para atingir a meta de inflação do Banco do Japão de 2 por cento. A economia raramente viu este nível de inflação desde meados dos anos 1990.

Espera-se que Kuroda seja aprovado pelo Parlamento nesta semana, porque os partidos de oposição, cujo apoio é necessário no Senado, indicaram que irão apoiá-lo.

Partidários da política mais agressiva defendida pelo primeiro-ministro Shinzo Abe podem apontar para uma queda de 13,1 por cento no núcleo das encomendas de máquinas em janeiro ante dezembro como um sinal da necessidade de ação imediata.


Analistas e representantes do governo sugeriram que os números muitos mais fracos do que o esperado divulgados nesta segunda-feira eram um sinal em uma série de dados tipicamente mais variável, mas eles realmente mostram que as empresas permaneceram cautelosas com os planos de gastos. Os analistas esperavam uma queda de apenas 2 por cento.

O Japão esteve em deflação na maior parte das duas últimas décadas e os números da semana passada mostraram que a economia saiu de sua quarta recessão desde 2000 no último trimestre de 2012.

Crítico em relação às medidas de afrouxamento do BC japonês sob o presidente Masaaki Shirakawa, Abe nomeou Kuroda no mês passado para substituí-lo.

Kuroda tem defendido ações mais audaciosas e ligeiras, como a compra de ativos de risco e prazos mais longos para a dívida governamental, pontos que ele repetiu para o Senado.

"Nós estamos em um ambiente onde há espaço limitado para diminuir mais as taxas de juros," afirmou Kuroda. "Este é o motivo porque é importante tentar influenciar as expectativas do mercado."

Se aprovado pelo Parlamento, Kuroda deixará o cargo de presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático e assumir o BC japonês quando o mandato de Shirakawa terminar em 19 de março. A próxima reunião de política do Banco do Japão está marcada para os dias 3 e 4 de abril e os mercados financeiros aguardam novidades.

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