Exame Logo

Indicação de Galípolo será votada no Senado no dia 8 de outubro, anuncia Pacheco

Relator da indicação é o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA)

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 17h20.

Última atualização em 4 de setembro de 2024 às 17h20.

A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) será analisada no dia 8 de outubro, anunciou nesta quarta-feira o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Será na primeira semana após as eleições municipais. A data da sabatina, passo anterior à votação, ainda não foi anunciada. Isso cabe à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

As votações sobre indicações de autoridades são secretas. Por isso, é necessário que elas ocorram presencialmente.

Veja também

— Ficará a cargo do senador Vandelan a definição da data da sabatina e obviamente compartilhando com os membros da Comissão de Assuntos Econômicos a melhor data para essa sabatina e, da parte da presidência do Senado, eu gostaria de deixar desde já definida a data para apreciação no plenário, após a comissão, a data do dia 8 de outubro após as eleições — disse Pacheco

A data ocorre por conta do período eleitoral, que esvazia o Congresso Nacional, e as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em meados deste mês.

Galípolo iniciou nesta semana visita a senadores (veja no vídeo), no tradicional "beija-mão" antes da sabatina.

O relator da indicação é o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA).

O governo inicialmente trabalhava para a sabatina acontecer no dia 10, na próxima semana.

Na semana seguinte, nos dias 17 e 18, ocorre a reunião do Copom. Por ser diretor de Política Monetária do BC, Galípolo precisa participar dos encontros que definirão os juros. Entre o dia 11 e o dia 24, os diretores do BC seguem o período de silêncio, no qual não costumam falar de juros.

As semanas seguintes são muito próximas ao primeiro turno das eleições, marcado para o dia 6 de outubro — e os senadores costumam deixar Brasília neste período.

— Nesse mês de setembro, estamos fazendo esse esforço concentrado de sessões presenciais no Senado, mas é um período de processo eleitoral que naturalmente, como acontece em todos os anos eleitorais, traz dificuldade para reunirmos aqui um melhor ou um maior quórum — disse Pacheco

Galípolo iniciou na segunda-feira o "beija-mão" no Senado em busca de apoio antes da sua sabatina. Ele passou por gabinetes como dos senadores Teresa Leitão (PT) e de Oriovisto Guimarães (Podemos), que é da oposição.

O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), que deve ser o relator da indicação, parabenizou Pacheco pela definição da data, embora, o Palácio do Planalto quisesse que a votação acontecesse antes das eleições.

— Se dependesse da vontade do líder do governo, eu pediria a vossa excelência para fazê-lo até antes das eleições. E a vossa excelência, como sempre, ponderou que era melhor fazer após as eleições, se eleger o dia 8 de outubro, que eu acho absolutamente razoável — disse Jaques.

A expectativa do governo é que Galípolo não tenha dificuldade na aprovação, já que passou por sabatina para assumir como diretor de Política Monetária do BC.

O indicação de Galípolo já era esperada em razão da sua proximidade com a equipe econômica. Poucos meses após ter assumido como secretário-executivo do Ministério da Fazenda do terceiro mandato do governo Lula, Galípolo deixou o cargo para integrar a diretoria do Banco Central, por indicação da Fazenda.

Ele havia assumido o posto de número 2 do Ministério da Fazenda depois de integrar a equipe de transição e ser peça importante na campanha de Lula.

Quem são os ministros do STF

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralGabriel Galípolo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame