Exame Logo

Imagem da Espanha na América Latina piora em 2011

Enquanto a reputação do país europeu registrou uma grande melhora no Brasil e, em menor medida, no Chile, ela caiu notavelmente na Argentina

Enquanto a boa percepção da Espanha aumentou na China, França e Rússia, caiu notavelmente no Peru, Colômbia, Chile e Argentina (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 21h45.

Madri - A reputação da Espanha na América Latina teve um retrocesso em 2011, até o ponto de sua percepção ser pior nos países latino-americanos que no G8, afirma estudo apresentado nesta sexta-feira em Madri.

A reputação da ''marca Espanha'' toma como referência uma série de variáveis, que abrangem tanto critérios ''racionais'' (como tecnologia, marcas conhecidas, qualidade institucional) como ''emocionais'' (estilo de vida, simpatia e amabilidade do povo), explicou Fernando Prado, diretor para a Espanha e América Latina da Reputation Institute, a empresa autora do estudo.

A enquete foi realizada em oito países latino-americanos - Argentina, Brasil, Colômbia, Bolívia, México, Peru, Chile e Porto Rico, que representam 90% da população e do Produto Interno Bruto do continente - e demonstrou que junto à queda geral da reputação da Espanha, também aconteceu uma certa polarização nas percepções.

Dessa forma, enquanto a reputação da Espanha registrou uma grande melhora no Brasil e, em menor medida, no Chile, caiu notavelmente na Argentina (embora o estudo tenha sido feito muito antes da desapropriação das ações da Repsol na companhia petrolífera YPF).

Dois dos países do estudo, Porto Rico e Colômbia, foram incorporados em 2011 pela primeira vez à pesquisa, por isso que não é possível estabelecer uma evolução da percepção que possuem, esclareceu Prado.

No entanto, Porto Rico é o país latino-americano com a melhor imagem da Espanha, enquanto a pior foi registrada na Bolívia, Colômbia, Chile, Argentina e Peru, nesta ordem.


''A reputação da Espanha na América Latina retrocedeu especialmente se for comparada com a percepção média dos países do G8'', destacou Prado.

Enquanto a boa percepção da Espanha aumentou na China, França e Rússia, caiu notavelmente no Peru, Colômbia, Chile e Argentina.

No caso do G8 a boa reputação da Espanha se baseia mais nos atributos ''emocionais'' ou ''brandos'', como o estilo de vida, o povo amável e simpático e o lazer, já no caso da América Latina os valores mais apreciados são mistos.

Os dois atributos que os latino-americanos mais avaliam na reputação da Espanha são o ''entorno natural'' e o ''lazer e entretenimento'', e também outros mais racionais como o ''sistema educacional'', a ''qualidade dos produtos e serviços'' e o ''reconhecimento das marcas e empresas''.

No entanto, frente à percepção que os espanhóis possuem na Europa como gente simpática e confiável, os atributos pior avaliados na América Latina são, precisamente, a simpatia e amabilidade e a segurança.

''Na Europa esses atributos ganham como parte do estereótipo sobre a Espanha de que é um país bom para viver, mas ruim para trabalhar ou investir'', diz Prado.

Por outro lado, ele considera que a América Latina dá um perfil mais duro, mas também mais poderoso, porque são os países com os quais a Espanha tem uma relação mais estreita, onde as empresas investem e veem mais potencial.

A deterioração dos atributos mais emocionais - como respeito à simpatia ou amabilidade dos espanhóis - é vinculada, segundo Prado, a uma ''certa onda de populismo no continente, à crescente importância das empresas espanholas em seus respectivos PIBs e pela persistência de estereótipos como o do conquistador''.

A ideia de que a Espanha não é um país muito seguro é atribuída pelos autores do estudo à persistência de uma ''percepção falsa'' relacionada com o terrorismo da ETA, e que comparam com a fama que a Colômbia ainda possui, apesar da grande melhora na segurança.

Veja também

Madri - A reputação da Espanha na América Latina teve um retrocesso em 2011, até o ponto de sua percepção ser pior nos países latino-americanos que no G8, afirma estudo apresentado nesta sexta-feira em Madri.

A reputação da ''marca Espanha'' toma como referência uma série de variáveis, que abrangem tanto critérios ''racionais'' (como tecnologia, marcas conhecidas, qualidade institucional) como ''emocionais'' (estilo de vida, simpatia e amabilidade do povo), explicou Fernando Prado, diretor para a Espanha e América Latina da Reputation Institute, a empresa autora do estudo.

A enquete foi realizada em oito países latino-americanos - Argentina, Brasil, Colômbia, Bolívia, México, Peru, Chile e Porto Rico, que representam 90% da população e do Produto Interno Bruto do continente - e demonstrou que junto à queda geral da reputação da Espanha, também aconteceu uma certa polarização nas percepções.

Dessa forma, enquanto a reputação da Espanha registrou uma grande melhora no Brasil e, em menor medida, no Chile, caiu notavelmente na Argentina (embora o estudo tenha sido feito muito antes da desapropriação das ações da Repsol na companhia petrolífera YPF).

Dois dos países do estudo, Porto Rico e Colômbia, foram incorporados em 2011 pela primeira vez à pesquisa, por isso que não é possível estabelecer uma evolução da percepção que possuem, esclareceu Prado.

No entanto, Porto Rico é o país latino-americano com a melhor imagem da Espanha, enquanto a pior foi registrada na Bolívia, Colômbia, Chile, Argentina e Peru, nesta ordem.


''A reputação da Espanha na América Latina retrocedeu especialmente se for comparada com a percepção média dos países do G8'', destacou Prado.

Enquanto a boa percepção da Espanha aumentou na China, França e Rússia, caiu notavelmente no Peru, Colômbia, Chile e Argentina.

No caso do G8 a boa reputação da Espanha se baseia mais nos atributos ''emocionais'' ou ''brandos'', como o estilo de vida, o povo amável e simpático e o lazer, já no caso da América Latina os valores mais apreciados são mistos.

Os dois atributos que os latino-americanos mais avaliam na reputação da Espanha são o ''entorno natural'' e o ''lazer e entretenimento'', e também outros mais racionais como o ''sistema educacional'', a ''qualidade dos produtos e serviços'' e o ''reconhecimento das marcas e empresas''.

No entanto, frente à percepção que os espanhóis possuem na Europa como gente simpática e confiável, os atributos pior avaliados na América Latina são, precisamente, a simpatia e amabilidade e a segurança.

''Na Europa esses atributos ganham como parte do estereótipo sobre a Espanha de que é um país bom para viver, mas ruim para trabalhar ou investir'', diz Prado.

Por outro lado, ele considera que a América Latina dá um perfil mais duro, mas também mais poderoso, porque são os países com os quais a Espanha tem uma relação mais estreita, onde as empresas investem e veem mais potencial.

A deterioração dos atributos mais emocionais - como respeito à simpatia ou amabilidade dos espanhóis - é vinculada, segundo Prado, a uma ''certa onda de populismo no continente, à crescente importância das empresas espanholas em seus respectivos PIBs e pela persistência de estereótipos como o do conquistador''.

A ideia de que a Espanha não é um país muito seguro é atribuída pelos autores do estudo à persistência de uma ''percepção falsa'' relacionada com o terrorismo da ETA, e que comparam com a fama que a Colômbia ainda possui, apesar da grande melhora na segurança.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEspanhaEuropaPiigs

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame