Ilan Goldfajn felicita governo eleito pela indicação de presidente do BC
Equipe de Paulo Guedes indicou o economista Roberto Campos Neto, diretor do banco Santander, para a presidência do Banco Central
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de novembro de 2018 às 17h25.
São Paulo - O Banco Central publicou uma nota em que o presidente Ilan Goldfajn felicita seu possível sucessor, o economista Roberto Campos Neto. No texto, Ilan também manifestou seu apoio ao projeto de autonomia da autoridade monetária e afirmou que seu afastamento do banco ocorre por motivos pessoais. "Profissional experiente e reconhecido, com ampla visão sobre o sistema financeiro e a economia nacional e internacional, Roberto Campos Neto conta com seu apoio (de Ilan) e sua confiança no futuro trabalho à frente do BC", diz a nota.
Na tarde desta quinta-feira, 15, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a indicação de Campos Neto para o cargo. O economista, que hoje é diretor do Santander, ainda precisa passar por sabatina no Senado. Ilan afirmou, no comunicado, que permanecerá à frente da autoridade monetária, por pedido do próximo governo, até o nome de seu sucessor ser apreciado pelos senadores.
O atual presidente do BC disse também que continuará trabalhando para que os parlamentares aprovem o texto de autonomia do BC ainda neste ano. "A eventual aprovação da lei, com mandatos fixos e intercalados dos membros da sua diretoria (presidente e diretores), permitirá um futuro onde as transições do BC e do governo ocorram em momentos distintos, com conhecidos benefícios para a economia."
"A atual gestão do BC tem se empenhado na aprovação da lei de autonomia com mandatos de tempo fixos, mas sempre com o intuito de valer para a próxima diretoria", acrescentou.
Ilan ressaltou as "sinalizações recentes sobre política econômica feitas pela futura administração federal e as importantes indicações a cargos públicos na área, que visam o crescimento, com inflação baixa e estável".
Ainda no comunicado, o presidente do BC disse que tomará as providências para garantir a "melhor transição" e que a diretoria da autoridade monetária permanecerá à disposição de Campos Neto.