Após a forte crise do ano passado, o índice das principais ações negociadas na Bovespa, o Ibovespa, começou a dar sinais de recuperação. O primeiro motivo é o baixo preço das ações brasileiras, principalmente se cotadas em dólar. Segundo a consultoria Global Invest, outro motivo seria a confirmação de que o novo governo brasileiro iria trabalhar em linha com as propostas de campanha e não romperia contratos.

O risco Brasil, suportado pela melhora de cenário, começou a cair seguindo o movimento do dólar, fato que refletiu nos balanços das empresas, principalmente nas empresas endividadas em dólares. "A perspectiva futura para a bolsa é positiva. Os principais índices de inflação mostram retração, abrindo espaço para a redução da taxa de juros e uma conseqüente manutenção do bom humor no mercado de ações", afirma a consultoria em análise.

A continuidade da queda do dólar deve levar a valorização das ações com passivo em moeda estrangeira. Além disso, a consultoria acredita que os investidores estrangeiros deverão ampliar a entrada na Bovespa. Outro fator que pode impulsionar os ganhos dos investidores é se a taxa básica de juros, a Selic, realmente começar a cair. "Acreditamos que a bolsa no médio prazo pode atingir o nível dos 18.000 pontos", avalia a consultoria.

A seguir, um resumo dos fatores que têm levado a Bovespa a ter um resultado melhor:

Decisões políticas brasileiras/ reformas;

Expectativa de queda da Inflação;

Expectativa de queda na taxa de juros básica brasileira;

Queda do Risco Brasil;

Queda do dólar;

Bons resultados sendo divulgados no primeiro trimestre pelas empresas brasileiras;

Forte entrada de investidores estrangeiros.