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IBGE vai implementar nova estrutura do IPCA em meados de 2019

Cerca de mil agentes de pesquisa do IBGE visitaram aproximadamente 75 mil domicílios para investigar quanto ganham e como gastam os brasileiros

Supermercado: IPCA tem uma cesta de 383 produtos pesquisados e, em maio, passou a incorporar as capitais Aracaju (SE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA) (Divulgação/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 11 de junho de 2018 às 16h15.

Rio de Janeiro - A nova ponderação dos itens que compõem o IPCA será implementada em meados do ano que vem, disse nessa segunda-feira o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), Roberto Olinto, e terá como base a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) concluída recentemente.

Os itens do IPCA não são atualizadas desde 2012. Cerca de mil agentes de pesquisa do IBGE, espalhados por 1,9 mil municípios do país, visitaram aproximadamente 75 mil domicílios para investigar quanto ganham e como gastam os brasileiros.

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O IPCA tem uma cesta de 383 produtos pesquisados e, em maio, passou a incorporar mais 3 capitais: Aracaju (SE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

O IBGE também pretende divulgar no mês que vem os resultados preliminares do censo agropecuário, que não era feito desde 2006/2007. Também por problemas de orçamento, o levantamento que visitou cerca de 7 milhões de endereços e constatou a existência de aproximadamente 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários no Brasil, teve sua estrutura enxugada, mas de acordo como o IBGE, sem prejuízo técnico.

Olinto disse ainda que o IBGE já começou a calcular os efeitos da greve dos caminhoneiros sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre desse ano. Ele acredita que o maior impacto deve ser sentido pelo comércio, que ficou desabastecido durante boa parte do movimento.

Segundo ele, a maior dificuldade será calcular as perdas de produtos de origem agrícola, uma vez que durante o movimento alguns alimentos, hortaliças e produção de leite se perderam ou foram descartados.

"Mas tem que ficar atento à questão eleitoral. O que é inegável que você teve uma crise de oferta, mas estamos num semestre eleitoral e previsões que criam instabilidades", acrescentou.

No primeiro trimestre deste ano, o PIB cresceu 0,4 por cento sobre os três meses anteriores.

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