Acompanhe:

"Não sai tão cedo", diz Guedes sobre reforma administrativa

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é preciso esperar o momento de enviar a reforma administrativa para o Congresso

Modo escuro

Continua após a publicidade
Guedes: "não é tão cedo, mas sai" (Andre Coelho/Bloomberg)

Guedes: "não é tão cedo, mas sai" (Andre Coelho/Bloomberg)

R
Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2019 às, 17h10.

Última atualização em 18 de novembro de 2019 às, 17h15.

Brasília -- Ao ser questionado nesta segunda-feira se reforma administrativa será anunciada esta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que "não é tão cedo, mas sai".

Ele foi questionado por jornalistas, durante apresentação, no Palácio do Planalto, sobre se o governo vai enviar o texto com a reformulação do RH do Estado ao Congresso esta semana depois do anúncio do desbloqueio total do Orçamento.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é preciso esperar o momento de enviar a reforma administrativa para o Congresso e gerar o "menor atrito possível" e não quis confirmar se o texto deve ser enviado ainda este ano.

A proposta altera regras sobre a estabilidade de futuros servidores e deve prever redução dos salários iniciais. Bolsonaro já prometeu mandar o texto ao Legislativo na semana retrasada e passada, mas, no domingo, 17, disse que o texto "vai aparecer aí, mas vai demorar um pouco".

Como o jornal O Estado de S. Paulo noticiou, a elite do funcionalismo público trabalha para barrar a iniciativa do Executivo.

O presidente disse ainda que "é lógico" que aguarda o melhor cenário para liberar o texto. "Tenho de mandar para lá para ter menos atrito possível. É só isso", disse.

Bolsonaro comentou sobre a reforma após cerimônia da equipe de segurança do Palácio do Planalto.

Até 2022, fim do governo Jair Bolsonaro, cerca de 26% dos funcionários públicos vão se aposentar. Esse quadro é considerado uma janela de oportunidade para emplacar a reconfiguração do RH do Estado.

O tema mais sensível é o fim da estabilidade. A avaliação dos servidores é de que a quebra de estabilidade, com a possibilidade de contratação via Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) nos primeiros dez anos, vai abrir caminho para a perseguição política dos servidores que incomodarem o governo de plantão.

Hoje, umas das formas de demissão no serviço público se dá no chamado estágio probatório, nos três primeiros anos da contratação. Para a equipe econômica, porém, as avaliações nesse período precisam ser reformuladas para filtrar apenas os "bons" servidores. Nos últimos quatro anos, apenas 0,3% dos servidores que ingressaram foram exonerados nesse período.

Pela proposta da equipe econômica, a estabilidade seria garantida para os servidores das carreiras de Estado. Os demais seriam contratados pela CLT. Mas a definição das carreiras deverá ser discutida em regulamentação da PEC, segundo sinalizou integrantes do governo para os sindicalistas.

 

Últimas Notícias

Ver mais
Encontrados os 261 móveis do Palácio da Alvorada que Lula disse terem sido levados por Bolsonaro
Brasil

Encontrados os 261 móveis do Palácio da Alvorada que Lula disse terem sido levados por Bolsonaro

Há uma semana

Petrobras anuncia na CeraWeek que vai perfurar 2 poços em Tayrona, na Colômbia
Brasil

Petrobras anuncia na CeraWeek que vai perfurar 2 poços em Tayrona, na Colômbia

Há uma semana

Antecipação do 13º do INSS vai injetar R$ 66 bilhões na economia e beneficiar 33 milhões de pessoas
Economia

Antecipação do 13º do INSS vai injetar R$ 66 bilhões na economia e beneficiar 33 milhões de pessoas

Há 2 semanas

Vejo espaço para uma grande reforma administrativa, diz Michel Temer
Brasil

Vejo espaço para uma grande reforma administrativa, diz Michel Temer

Há um mês

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais