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Greve contra pacto com a troika tem grande adesão na Grécia

Trata-se da segunda paralisação da semana contra o acordo assinado entre o governo grego e FMI, UE e BCE

Na terça-feira, sob chuva fina, milhares de grevistas e manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento (Angelos Tzortzinis/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 10h35.

Atenas - A participação na greve geral de 48 horas que começou nesta sexta-feira na Grécia contra o acordo assinado entre a troika - formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE) - e o Governo grego está sendo muito ampla, segundo os sindicatos majoritários.

Segundo os dados oferecidos pelo principal sindicato grego, o GSEE, todos os estivadores, trabalhadores dos navios de transporte e operários das refinarias não foram trabalhar hoje.

Entre o pessoal de portos e da construção civil, a adesão da greve foi de 70%, enquanto na siderurgia e no comércio foi de 60%. Além disso, 80% dos trabalhadores de bancos, correios e organismos públicos se ausentaram de seus trabalhos.

Especialmente severa é a greve no transporte urbano de Atenas, pois, durante dois dias, não funcionarão trens, bondes, ônibus e boa parte do metrô.

Segundo um comunicado da GSEE, as medidas impostas pela troika à Grécia em troca de um empréstimo de 130 bilhões de euros levarão o país 'à ruína' pois se trata do 'ataque mais violento ao sistema de distribuição da riqueza'.

A maior polêmica reside na redução de entre 22% e 32% do salário mínimo e na terceira redução das pensões em dois anos (desta vez de 15%).

Também foi grande a participação na manifestação principal em Atenas, maior que a registrada na terça-feira passada na anterior greve geral, segundo pôde comprovar a Agência Efe.

Fontes policiais disseram à Efe que o número de participantes rondou os de terça-feira, cerca de 20 mil, dos quais a metade se concentrou na praça Omonia sob a bandeira do Partido Comunista.

'O que estão fazendo responde a um plano de interesses nacionais e estrangeiros e só podemos responder com a mobilização', afirmou à Efe Nikos Vassialiadis, sindicalista na empresa de águas públicas EIDAP, que será privatizada no marco do acordo com a troika.

'Cada vez mais gente se soma aos protestos', comemorou Stavros Petrakis, secretário-geral da Federação de Professores de Escolas Primarias.

No final da manifestação, foram registrados alguns distúrbios isolados quando um grupo de 200 jovens encapuzados lançou pedras e coquetéis molotov contra a Polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo.

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Atenas - A participação na greve geral de 48 horas que começou nesta sexta-feira na Grécia contra o acordo assinado entre a troika - formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE) - e o Governo grego está sendo muito ampla, segundo os sindicatos majoritários.

Segundo os dados oferecidos pelo principal sindicato grego, o GSEE, todos os estivadores, trabalhadores dos navios de transporte e operários das refinarias não foram trabalhar hoje.

Entre o pessoal de portos e da construção civil, a adesão da greve foi de 70%, enquanto na siderurgia e no comércio foi de 60%. Além disso, 80% dos trabalhadores de bancos, correios e organismos públicos se ausentaram de seus trabalhos.

Especialmente severa é a greve no transporte urbano de Atenas, pois, durante dois dias, não funcionarão trens, bondes, ônibus e boa parte do metrô.

Segundo um comunicado da GSEE, as medidas impostas pela troika à Grécia em troca de um empréstimo de 130 bilhões de euros levarão o país 'à ruína' pois se trata do 'ataque mais violento ao sistema de distribuição da riqueza'.

A maior polêmica reside na redução de entre 22% e 32% do salário mínimo e na terceira redução das pensões em dois anos (desta vez de 15%).

Também foi grande a participação na manifestação principal em Atenas, maior que a registrada na terça-feira passada na anterior greve geral, segundo pôde comprovar a Agência Efe.

Fontes policiais disseram à Efe que o número de participantes rondou os de terça-feira, cerca de 20 mil, dos quais a metade se concentrou na praça Omonia sob a bandeira do Partido Comunista.

'O que estão fazendo responde a um plano de interesses nacionais e estrangeiros e só podemos responder com a mobilização', afirmou à Efe Nikos Vassialiadis, sindicalista na empresa de águas públicas EIDAP, que será privatizada no marco do acordo com a troika.

'Cada vez mais gente se soma aos protestos', comemorou Stavros Petrakis, secretário-geral da Federação de Professores de Escolas Primarias.

No final da manifestação, foram registrados alguns distúrbios isolados quando um grupo de 200 jovens encapuzados lançou pedras e coquetéis molotov contra a Polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo.

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